Não, eu não venci nada. Continuo na batalha da vida. Claro que temos vitórias diárias, mas nada - ainda - que se faça ser anotado por aqui. A Vitória aí do título é a cidade de Vitória, capital do Espírito Santo que tive a oportunidade de conhecer um pouquinho nesse mês. Passei três dias lá, a trabalho, mas deu pra passear e ver umas coisas legais.
Cheguei lá por volta da hora do almoço, faminto. Depois de deixar as coisas no hotel entrei num táxi e pedi ao taxista que me levasse onde eu pudesse comer bem. Ele atendeu com prontidão. Me deixou na porta do restaurante Panela Capixaba, dentro do Mercado do Horto. Comida farta e saborosa. Como estava no espírito Santo, não poderia deixar de experimentar a famosa moqueca capixaba. Pedi uma de Badejo com molho de camarões. Os acompanhamentos eram arroz, pirão e pirão de banana da terra. Fiz o pedido de meia porção – considerando que estava sozinho – e ainda assim foi muita comida!
Meu prato!
O garçom que me atendeu, Seu Antônio, era uma figuraça. Conversador, contador de história e interessado em tudo que eu anotava. Fez questão de colocar em mim um babador, que era pra não sujar minha roupa, com o qual me presenteou no fim da refeição.
Depois de comer muito tive que ir trabalhar, né? Mas não antes de conferir a vista do meu quarto. Fraquinha, né?
Eu acordava e dava de cara com isso. Ruim, né?
Estava hospedado no
Hotel Senac Ilha do Boi. Fantástico é a palavra que tenho pra falar do ambiente, dos quartos, da vista. Mas como ele fica no alto de um morro, o acesso é meio difícil e sem carro as coisas complicam. Mas eu me virei nas caminhadas. Além disso, achei o serviço e o café da manhã meio fracos, mas valeu.
Trabalhei o resto do dia, noite adentro e só fui fazer um lanche rápido no shopping, que ficava ao lado do hotel. Dia seguinte era meu dia de folga e aproveitei pra ir à Vila Velha, onde fica situada a fábrica de chocolates Garoto. Parti com meu companheiro de quarto, Marcos Aurélio, no ônibus da linha Ibes que pegamos de frente pro shopping. Uns 40 minutos de viagem e chegamos no nosso destino. Lá, tristeza. A fábrica só faz visitas com agendamento prévio e, segundo nos informou a atendente, a agenda já estava cheia até o dia 29 de abril. Dançamos, mas passamos na lojinha e compramos uns chocolates pra trazer pra família e namoradas. Da fábrica mesmo, só uma foto no portão.
Lá dentro, nem pensar
Como não íamos avançar no chocolate, fomos até o Santuário de Nossa Senhora da Penha, no alto de um morro de Vila Velha. O convento da Penha existe desde 1558 e é um ponto tradicional da romaria católica no país.
Olha o santuário láááá em cima
A vista de lá também é fantástica. Dá pra ver praticamente toda a cidade de Vila Velha e um tanto de Vitória. Você tem acesso a 360º da vista lá de cima.
Aqui o lado que se vê Vitória
Aqui o lado que se vê Vila Velha
Pra chegar lá em cima sobe-se um bom trecho de carro e mais um tanto de escadas, mas no tempo em que estive lá, vi várias pessoas fazendo todo o trajeto a pé, como forma de pagamento de promessa. As graças alcançadas pelos devotos tem até sala especial no santuário. Lá encontramos réplicas de partes do corpo que foram curadas, fotos, roupas e outros tipos de “souvenirs” que os fiéis deixam para agradecer.
A sala dos agradecimentos
Entre outras coisas, a arquitetura do local é impressionante. Pela grossura das paredes dá pra ter uma idéia do trabalho que tiveram os escravos para construir aquilo. Mas no fim, ficou um trabalho fantástico. Claro que ao longo dos anos a igreja foi sendo reformada. Em 2003, a última reforma, arrumaram a varanda e algumas paredes. Numa delas, deixaram a parede em diferentes camadas, para mostrar as cores que a igreja já teve: branco, verde musgo, creme, laranja, roxo, azul. Hoje voltou ao branco.
De lá fomos almoçar na beira da praia. No Quiosque do JB, fomos atendidos pelo próprio e nos fartamos com um Peroá frito com arroz, salada, banana da terra e farofa. Cervejinha gelada para acompanhar.
Delícia!
Depois foi só trabalho até voltar a Brasília.