segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Buenos Aires, enfim - Parte 1

Quem anda por aqui sabe que eu fui à Buenos Aires há um mês. Pro tempo do mundo virtual isso é uma vida, mas pra quem tem que viver à vera a vida real, esse tempo é mais do que comum para você conseguir se ajustar e ter uns minutinhos para escrever. Até porque não foi uma viagem rápida, como a do RJ que falei no post passado. Na verdade essa viagem começou em março, quando eu e Natália resolvemos para onde iríamos em julho.

“Julho? Mas você não disse que foi no mês passado, em outubro?” Pois é. Eu fui em outubro, mas inicialmente a viagem estava marcada para julho. Só que veio a (já esquecida) gripe suína e nossos planos tiveram de ser adiados.

Mas outubro chegou e lá fomos nós. Mais uma vez, repito: viajar é bom, mas cansa. Em março a TAM tinha um vôo Brasília – Buenos Aires direto. Em outubro ele não existia mais e por isso tivemos que sair daqui às 4h30 da manhã de uma quinta-feira para ir pra São Paulo e sair de lá às 8h30 para BSAS. No meio de tudo isso, free shop, avião atrasado, portão errado, chamada nominal pelo alto falante, etc.

Embarcamos. E aí é que você vê o tanto que é legal ser jeca. Eu e Natália nunca tínhamos saído do país, muito menos andado em avião com TV exclusiva para cada passageiro. Ficamos que nem bobos – estávamos cansados e nem dormimos – nos divertindo com os filmes em cartaz no avião.

Vai, jeca. Fica feliz com a bobagem...

Na chegada, tudo “muy tranquilo”, apesar do atraso. Passaportes carimbados na imigração sem nenhuma piadinha com nossa nacionalidade. Um dia antes da nossa chegada a Argentina havia garantido a vaga na Copa da África, o que acho que evitou muitos problemas. Enquanto esperávamos pelo transporte que nos levaria ao hotel, compramos uns jornais pra ver a programação cultural e decidimos nossa meta do dia: comprar ingressos para o musical Fantasma da Ópera, que estava em cartaz na cidade. Natália, fã incondicional da história, já havia imposto esse objetivo antes de sairmos do Brasil. E eu – o jeca que nunca tinha saído do país, nem visto avião com TV individual, e muito menos assistido um musical de grande porte – topei na mesma hora!

Chegamos ao hotel morrendo de fome. Já passavam das 15h (lembrem-se que tomamos café às 4h, e passamos o resto do dia à base de lanchinhos de avião e aeroporto) e precisávamos comer de verdade. Largamos as coisas no quarto e descemos em busca de um restaurante e do teatro para comprarmos os ingressos.

Na esquina no quarteirão do hotel, uma agradável surpresa: o restaurante Pousada de 1820. A boa aparência somada à fome do momento não nos fez pensar muito. Entramos, sentamos e comemos. Muito bem, inclusive. Eu comi um peixe e Natália uma massa. Satisfeitos, partimos em busca do teatro. Nosso hotel era muito bem localizado, perto da Calle Florida, o centro comercial da cidade. Foi fácil achar o Teatro Ópera e mais fácil ainda comprar bons ingressos. Conseguimos lugares privilegiados para assistir ao musical na noite de domingo. Depois, um role pelas redondezas: fomos ao Obelisco, andamos pela Florida e descobrimos outro teatro que apresentaria o musical Otelo, de Shakespeare. Nem pensamos duas vezes, compramos ingressos para sexta.

Fantasma!

Ai bateu o cansaço e voltamos para o hotel. Tomar banho e descansar. Não tínhamos nenhuma programação para a noite, além de ir jantar em um bom restaurante no Puerto Madero. Acabamos indo ao Cabaña Las Lilas que nos havia sido muitíssimo bem recomendado por amigos. E a recomendação foi verdadeira. Atendimento bom, comida excelente. Claro que em nossa primeira noite, não deixaríamos de comer o famoso Bife de Chorizo (o nosso contrafilé). Pedimos como acompanhamento arroz e brócolis e tomamos o vinho Escorihuela Gascon Malbec, safra 2007, escolhido de uma enorme carta de vinhos. Eles se vendem, inclusive, como a maior carta de vinhos do mundo, premiada em vários concursos. (Um PS importante: eu não entendo NADA de vinho, então só digo aqui o que bebi a título de curiosidade. Não esperem uma avaliação) De sobremesa as famosas panquecas de doce de leite.

Panquecas de doce de leite com sorvete de baunilha. Delícia!

Depois de comer muito e muito bem e beber uma garrafa de vinho o cansaço da viagem veio de uma vez. Já eram 2h, estávamos acordados – com um pequeno cochilo no fim da tarde – há cerca de 20h. Não resistimos e voltamos ao hotel para dormir. O dia seguinte prometia com um city tour e outras “cositas más”. Então aguardem que em breve volto com o resto da viagem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

RJ - Invertendo a ordem

Eu fui à Buenos Aires mês passado. Ainda não tive tempo de escrever sobre a viagem. Foi uma viagem mais longa, com muitos acontecimentos e histórias pra contar. Mas nesse último fds eu e Natália fomos ao Rio de Janeiro pra curtir o show da Joss Stone (não conhece? Clica aqui). Então vou falar rapidinho dos dois dias de Cidade Maravilhosa e do show. Depois falo de Buenos Aires.

Pois sim, viajar é bom, mas cansa. Uma viagem no estilo que fizemos cansa mais ainda. Saímos de Brasília na sexta à noite, nosso vôo atrasou cerce de 1h30. Chegamos no RJ mais de meia-noite. Mas tudo bem, estávamos com fome, a Fran e o Pides estavam nos esperando pra tomar um chopp e fomos.

Sábado acordamos cedo e fomos para Ipanema. Praia tranquila, solzinho, cervejinha. Almoçamos num restaurante super bacana no Leblon, o Gula Gula. Pena que saímos sem a máquina fotográfica e não pude tirar umas fotos do almoço. Mas recomendo. Natália comeu um bobó de camarão e eu comi um espetinho de frango com risoto de quinoa. Tudo uma delícia!

A noite o mais importante da viagem: show da Joss Stone! O local do espetáculo era bem longe. O tal do HSBC Arena só é perto pra quem mora ao lado dele. Até dentro da Barra ele é considerado longe. Mas saímos cedo e chegamos com tempo de sobra. Sobra até demais porque o público não compareceu em peso. Não sei se foi falta de divulgação, preço de ingresso ouo show do Latino que rolava no mesmo dia... mas essa é a única nota triste sobre o show. Se muito, tinha 5 mil pessoas no ginásio.

Joss Stone botando a galera pra sacudir

Problema dos que não foram! Porque o show é simplesmente fantástico. A Joss Stone canta demais, tem uma puta presença de palco e uma banda muito foda. O show a parte fica por conta do trio de backing vocals. Uma dupla de negras gordas, daquelas bem "harlem style", com um vozerão absurdo e um negro magrelo, daqueles bem "Will Smith Bell Air style", também com um poder vocal absurdo. Esses três cantam, dançam e fazem as melhores coreografias durante o show. Não fosse a Joss Stone tão boa, eles apagariam o brilho dela fácil.

No set list muitas das músicas do novo cd Colour Me Free (que ainda não conheço bem), várias do último álbum Introducing Joss Stone - Girl They Won't Beleive It, Tell Me'Bout It e Bruised But Not Broken- e alguns sucessos como Super Duper Love (primeira música do show - ver o vídeo abaixo), Less Is More e You Had Me.

No geral o show foi muito bom. Dançante, agitado, funkeado (no sentido bom do funk) e a galera que estava lá, nitidamente, curtia Joss Stone. Não tinha ninguém perdido ali, sem saber do que se tratava o esquema. E mesmo poucos, agitaram muito. A galera cantou, dançou e vibrou com cada música.

Curiosidades do show: engraçado o lance dos tapetes. Joss Stone só canta descalça, por isso, antes do show começar uma galera entra no palco e forra ele com tapetes persas. Diz a lenda (também conhecida como Vídeo Show) que ela carrega na bagagem 16 tapetes persas. Onde vai, tem um pra ela pisar. Mas durante o show Joss stone pisa fora do tapete também. Não é algo tipo o TOC do Roberto Carlos.

Tão vendo os tapetes dela?

Outra curiosidade, ela não tem o TOC do Rei, mas tem o mesmo charme da distribuição de rosas no fim do show. Ela joga uma dúzia de rosas brancas pra galera. Quem tava ali na frente se estapeou pra pegar uma. Outra coisa bacana foi o show de abertura da Maria Gadú. Não conhecia ela ainda. só tinha ouvido falar por alto e ouvido uma música que está em alguma novela entre uma e outra passada pela sala. Enfim, valeu muito a pena ter ido.

No domingo, pegamos uma praia tranquila em Copacabana, almoçamos com Fran e Pides em Ipanema, num self service chique chamado... esqueci o nome! Fran vai aparecer por aqui e colocar o nome nos comentários! Depois do almoço passeamos pela feira hippie de Ipanema, tomamos um Yogoberry, vimos o Tony Belloto e fomos embora.

Pezinhos na areia

Cansou? Muito! Valeu a pena? Demais. Vamos de novo? É só chamar!

Pra pensar no clima

Eu detesto essa galera "ecochata". confesso que não me preocupo com isso muito além de desligar a torneira enquanto faço a barba, e não tomar banhos muito demorados. Mas vez ou outra tu vê uma notícia que chama muita atenção.

O Jornal Hoje da globo deu uma nota hoje dizendo algo mais ou menos assim: "autoridades australianas estão preocupadas com os camelos que estão fugindo do deserto e invadindo os centros urbanos à procura de água."

Daí tu pensa: pra camelo estar desesperado à procura de água é porque o negócio tá feio, né não?

PS: camelos na Austrália?

UPDATE: Achei a notícia. Está aqui

terça-feira, 10 de novembro de 2009