terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais daquelas coisas que só acontecem comigo

- Delivery Habib's boa noite!
- Eu quero fazer um pedido, por favor.
- Com quem falo?
- Com Paulo.
- É endereço comercial ou residencial senhor?
- Comercial.
- Qual é o endereço?
- É XXxXXxxX (questões de segurança, não revelo)
- Algum complemento?
- Mas eu nem pedi ainda...
- Complemento do endereço, senhor.
- Ah, eu entendi acompanhamento...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Acaba com a raça

Assim você envergonha sua classe, dona Ione!



"Eu não sou cantora. Sou jornalista."

Quando não sabemos o que dizer

Tem situações em que não sabemos o que responder às pessoas. As vezes por ser um assunto delicado, outras por não querer falar uma verdade doída, ou mesmo por ter vergonha de contar alguma coisa. Comigo o problema aparece quando me dizem algo relacionado à religião.

Quem me conhece sabe que não sou cristão. Acredito que tem alguém que olha por nós, mas não concordo com a maior parte das coisas que as religiões pregam. Diz minha mãe - eu confesso que não me lembro disso - que após a missa da minha primeira comunhão eu cheguei em casa e disse a ela: "mãe, não vou fazer a crisma!" E de fato não fiz. Mesmo estudando em colégio católico nunca fui muito chegado a essas coisas e realmente não sei responder quando as pessoas me dizem coisas como "deus te abençoe" ou "vai com deus".

Hoje, voltando do almoço, parei no sinal vermelho e veio o tio vender paçoca. Eis que se seguiu o diálogo:

- Quanto é a paçoca, tio?

- Três por um real.

(Abri a carteira e tinha uma nota de R$2.)

- Então me vê seis paçoquinhas!

- Uma, duas, três, quatro, cinco, seis...

- Obrigado!

- Obrigado você. Jesus te ama!

PAUSA!!

Jesus te ama? O que você responde para uma frase dessas? A minha resposta foi meio automática, e logicamente, foi péssima...

- O senhor também... (???)

Claro que isso não tem nada a ver. "O senhor também", parece que quis dizer que além de Jesus, o vendedor de paçoca também me amava. Surreal. Mas eu realmente ainda não descobri qual seria uma boa resposta para isso. Ou se era melhor eu nem responder.

Aos amigos religiosos que passam por aqui, pergunto: E agora, José? Me ajudem para a próxima!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Buenos Aires, enfim – Parte 3

No terceiro dia em Buenos Aires éramos nós mesmos quem decidiríamos o que fazer pela cidade. Depois do city tour, quando tivemos uma visão geral da cidade, resolvemos começar pelo bairro da Recoleta. Saímos do hotel e fomos de taxi direto para a Basílica Nuestra Señora del Pilar. A igreja é uma das mais antigas de Buenos Aires, inaugurada em 1732, pelos religiosos Recoletos (daí o bairro ser a Recoleta). Lá fizemos uma visita nos “Claustros Del Pilar”. São umas galerias existentes desde que a igreja foi construída, mas abertas ao público apenas em 1997. As galerias eram usadas como acesso ao púpito, ao local do coral e como depósito de tudo que se imagina. Hoje é um museu que conta a história da igreja, tem documentos e objetos antigos. Uma das coisas mais legais é o livro de partituras do órgão da paróquia. Outra coisa interessantíssima é o “gatero”, um buraco na porta para que os gatos tivessem trânsito livre pelos claustros.


A partitura do órgão

Xanim, xanim!


Da janela dos claustros é possível ver o cemitério de Buenos Aires, famoso por abrigar o túmulo de Eva Perón. Claro que fomos até lá. É um passeio fora do tradicional, mas não chega a ser assustador. Os túmulos são, em sua maioria, super luxuosos. Grandes construções, muito mármore, ouro, placas de homenagens...


Na porta do cemitério tem gente vendendo mapa para te ensinar a chegar à vedete do passeio: a tumba do faraó Ramsés III o túmulo de Evita. Ele não é o mais luxuoso, mas é chique e vive cheio de flores. Dizem que no aniversário de morte dela o negócio fica mais cheio que shopping em véspera de Dia das Mães.

A Evita, ou o que resta dela, está aí

Depois demos um role pela feirinha hippie que tem na praça de frente à igreja e uma rápida volta pelo Buenos Aires Design Shopping, um shopping de mobília e coisas para casa. Nada de demais. O mais legal foi o Hard Rock, onde paramos para tomar um chope. O calor estava grande, a sede também e já estávamos cansados. Foi bom sentar e tomar um Chopp Quilmes geladinho.
Almoçamos em um restaurante na varanda do shopping. Lugar super agradável, ao ar livre, com grandes guarda-sóis e lounges para a galera sentar. O pedido do dia foi um frango grelhado ao molho de limão siciliano com alface. Delícia! Principalmente para fugir um pouco da carne vermelha. Para acompanhar, mais Quilmes!

Almoço gostosinho e light

Depois do almoço, Natália pediu um pudim de sobremesa. Eu fui de café. Pois é, para quem não sabe, eu nunca gostei de café. Acho o gosto terrível e nunca vou aprender a gostar. Mas enfim, estava em Buenos Aires, todo mundo fala dos cafés argentinos (tanto no sentido da bebida, quanto no do ambiente café) e eu resolvi que aquela era a hora de experimentar. O resultado? Olha minha cara:

Café não dá!

Mas tomei tudo. E cheguei a conclusão que não adianta. Eu nunca vou gostar de café.

Missão cumprida!

Fomos então ao Museo Nacional de Bellas Artes. Achei o local fantástico. Um acervo cheio de obras de grandes artistas como Gaugin, Picasso, Monet, Delacroix, Miró, Degas, Cézanne, Renoir, Rodin, Van Gogh, Toulouse Lautrec, Manet, Charles Chaplin e vasos da Dinastia Ming. Fiquei muito bem impressionado. Além disso, umas outras mostras estavam em cartaz. Uma de Pop Art, outra de fotografia e mais uma com a coleção pessoal de um grande colecionador argentino chamado José de Guerrico.


Esse prédio aí atrás é o museu

De lá andamos por várias praças. Uma com uma escultura em homenagem à Eva Perón, outra exclusiva para cachorros, e mais uma que foi minha preferida: a Plaza naciones Unidas. Lá está a “Floralis Generica”, escultura em forma de flor, com cerca de 20m de altura que abre as pétalas durante o dia e vai se fechando à medida que o sol se põe. É uma praça muito bonita. Dá para ver a flor de todos os pontos.

Era meio de tarde. Ela tava bem aberta ainda

Ainda demos um role pela Recoleta em busca de um café para lancharmos. Porém, entramos numa avenida super chique, a Alvelar, e lá não tinha café algum. Andamos, andamos, andamos e quando nos demos conta, já estávamos do outro lado da cidade. Aí entramos num taxi e paramos perto de um Havanna próximo ao hotel mesmo. Sim, o Havanna é aquele café de onde todo mundo traz alfajores. Comemos a “media luna” – nosso croissant, só que com uma pincelada de açúcar por cima – e tomamos um capuccino (de capuccino eu gosto).

Corremos de volta para o hotel para descansar, tomar banho e nos prepararmos para ir ao Señor Tango, o espetáculo da dança típica porteña que iríamos. Mas essa história vou contar no próximo post. Ela merece ser exclusiva. Hasta luego...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Buenos Aires, enfim - Parte 2, continuação

No Boca começamos a ter certeza de que onde quer que estivéssemos as pessoas nos reconheciam como turistas. No dia anterior, durante o passeio pela Florida tivemos essa impressão. Lá isso ficou evidente.


De lá seguimos para o outro lado da cidade, nos bairros da Recoleta e Palermo. Por lá não descemos, apenas vimos tudo de dentro do ônibus. Muitos parques e museus que voltaríamos em outro dia.


Depois do city tour resolvemos ir atrás da Galeria Pacífico, um shopping bacana de Buenos Aires. Saímos andando a Florida em uma direção. Quando cansamos, resolvemos perguntar e descobrimos que a galeria estava na outra direção, mais precisamente no quarteirão atrás do nosso hotel. Andamos tudo pra trás e chegamos ao shopping. Muitas lojas, nada de diferente do que temos por aqui. Resultado? Não compramos nada.


Almoçamos no shopping mesmo. Natália comeu num “China in Box” hermano e eu num “Montana Grill” de lá. E aqui faço uma pausa para falar sobre a comida argentina: são boas as carnes? São ótimas, mas comemos tudo igualzinho aqui. De resto a comida deles não é boa. O básico é carne com batata. Eles não tem lá a variedade de acompanhamentos que temos aqui. Nesse dia do shopping resolvi comer uma carne com salada. Cheguei ao Buffet para escolher minha salada e eis as opções: batata cozida, batata assada, maionese de batatas, macarrão parafuso, cenoura e brócolis. Isso é salada desde quando?


Acabei ficando com a cenoura, o brócolis e o macarrão. A coisa mais legal do almoço foi ter recebido um elogio de uma argentina que também aguardava a carne ficar pronta. Ela tacou azeite e molho no meu prato. Tínhamos escolhido as mesmas coisas. Ficou super sem graça, veio me pedir desculpas e eu disse que tudo bem. Ela sacou que eu era turista e começamos a conversar. No fim, ela, o namorado e a amiga elogiaram meu espanhol. Detalhe: nunca estudei espanhol.

Depois do almoço uma das melhores coisas da viagem, o sorvete! Comemos o famoso sorvete Freddo. É realmente muito bom! Doce de leite, banana e chocolate foram minhas escolhas. Natália pegou outro tipo de chocolate e doce de leite. Comi até morrer.


Freddo: banana, doce de leite e chocolate. Delícia!

À noite fomos ao teatro ver Otelo. A peça foi bacana, mas achei super difícil de entender as falas. Conhecia superficialmente a história e deu pra acompanhar o básico. Mas o cansaço e o sono bateram e confesso que dei várias cochiladas durante o espetáculo. Natália também.

O Fim do espetáculo Otelo. Eu tava dormindo...

Depois jantamos no restaurante Il Gatto, do outro lado da rua do teatro. É uma casa italiana, portanto eu fui de massa. Comi um ravióli recheado de espinafre, com molho de toamate. Natália foi de salmão grelhado com legumes. Para beber, Latitud 33° Cabernet Sauvignon. Sem sobremesa.

Ravioli de espinafre

Salmão com Legumes

PS: consegui resolver o problema das fotos!

Buenos Aires, enfim – Parte 2

A sexta-feira começou cedo para rodarmos a cidade no city tour. O city tour é o tipo de passeio que as operadoras de viagem empurram pra você, mas que eu adoro fazer. Nele você consegue ter um panorama geral da cidade, se pegar um guia bom vai aprender um pouco sobre a história, cultura, costumes, etc., do lugar e visita locais os quais não precisa perder muito tempo e nem voltar.

Em Buenos Aires, um desses locais é a Plaza de Mayo. O local é conhecido mundialmente pelas imagens de manifestações que o povo argentino faz. Os panelaços são todos lá. Além da Casa Rosada, sede do governo do país, há a Catedral Metropolitana e o Cabildo, tipo um “congresso nacional” que foi o centro da eclosão da revolução de 1810. A Casa Rosada você vê de longe, tira foto com ela ao fundo e pronto.

Casa Rosada

A catedral já é mais bacana. Lá tem o mausoléu de San Martín, muito ouro, muitas imagens bonitas e um piso super legal. É um grande mosaico feito inteiramente à mão, segundo a guia que nos acompanhava. Foi o que mais me chamou a atenção.

Mosaico do chão da catedral

Mausoléu de San Martin

Catedral vista de fora

De lá partimos para o famoso Bairro La Boca, mais precisamente ao Caminito. O local é o paraíso dos turistas. Tudo muito colorido, muita gente, estátuas humanas, sósias de Maradona, dançarinos de tango para tirar fotos e até aqueles “quadros” em que você coloca a cabeça num corpo já desenhado e tira a foto. Tudo, claro, ao custo de uma pequeña contribuicion. O colorido dos prédios é muito bacana e o ar “boêmio” do bairro é percebido facilmente. Restaurantes abundam por todos os lados oferecendo Quilmes de 1L e bife de chorizo por preços bacanas. Mas ainda era cedo para almoçar e o tempo era curto para ficarmos lá.

Natália, eu e o "Maradona"

Em "La Boca"