segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Buenos Aires, enfim – Parte 3

No terceiro dia em Buenos Aires éramos nós mesmos quem decidiríamos o que fazer pela cidade. Depois do city tour, quando tivemos uma visão geral da cidade, resolvemos começar pelo bairro da Recoleta. Saímos do hotel e fomos de taxi direto para a Basílica Nuestra Señora del Pilar. A igreja é uma das mais antigas de Buenos Aires, inaugurada em 1732, pelos religiosos Recoletos (daí o bairro ser a Recoleta). Lá fizemos uma visita nos “Claustros Del Pilar”. São umas galerias existentes desde que a igreja foi construída, mas abertas ao público apenas em 1997. As galerias eram usadas como acesso ao púpito, ao local do coral e como depósito de tudo que se imagina. Hoje é um museu que conta a história da igreja, tem documentos e objetos antigos. Uma das coisas mais legais é o livro de partituras do órgão da paróquia. Outra coisa interessantíssima é o “gatero”, um buraco na porta para que os gatos tivessem trânsito livre pelos claustros.


A partitura do órgão

Xanim, xanim!


Da janela dos claustros é possível ver o cemitério de Buenos Aires, famoso por abrigar o túmulo de Eva Perón. Claro que fomos até lá. É um passeio fora do tradicional, mas não chega a ser assustador. Os túmulos são, em sua maioria, super luxuosos. Grandes construções, muito mármore, ouro, placas de homenagens...


Na porta do cemitério tem gente vendendo mapa para te ensinar a chegar à vedete do passeio: a tumba do faraó Ramsés III o túmulo de Evita. Ele não é o mais luxuoso, mas é chique e vive cheio de flores. Dizem que no aniversário de morte dela o negócio fica mais cheio que shopping em véspera de Dia das Mães.

A Evita, ou o que resta dela, está aí

Depois demos um role pela feirinha hippie que tem na praça de frente à igreja e uma rápida volta pelo Buenos Aires Design Shopping, um shopping de mobília e coisas para casa. Nada de demais. O mais legal foi o Hard Rock, onde paramos para tomar um chope. O calor estava grande, a sede também e já estávamos cansados. Foi bom sentar e tomar um Chopp Quilmes geladinho.
Almoçamos em um restaurante na varanda do shopping. Lugar super agradável, ao ar livre, com grandes guarda-sóis e lounges para a galera sentar. O pedido do dia foi um frango grelhado ao molho de limão siciliano com alface. Delícia! Principalmente para fugir um pouco da carne vermelha. Para acompanhar, mais Quilmes!

Almoço gostosinho e light

Depois do almoço, Natália pediu um pudim de sobremesa. Eu fui de café. Pois é, para quem não sabe, eu nunca gostei de café. Acho o gosto terrível e nunca vou aprender a gostar. Mas enfim, estava em Buenos Aires, todo mundo fala dos cafés argentinos (tanto no sentido da bebida, quanto no do ambiente café) e eu resolvi que aquela era a hora de experimentar. O resultado? Olha minha cara:

Café não dá!

Mas tomei tudo. E cheguei a conclusão que não adianta. Eu nunca vou gostar de café.

Missão cumprida!

Fomos então ao Museo Nacional de Bellas Artes. Achei o local fantástico. Um acervo cheio de obras de grandes artistas como Gaugin, Picasso, Monet, Delacroix, Miró, Degas, Cézanne, Renoir, Rodin, Van Gogh, Toulouse Lautrec, Manet, Charles Chaplin e vasos da Dinastia Ming. Fiquei muito bem impressionado. Além disso, umas outras mostras estavam em cartaz. Uma de Pop Art, outra de fotografia e mais uma com a coleção pessoal de um grande colecionador argentino chamado José de Guerrico.


Esse prédio aí atrás é o museu

De lá andamos por várias praças. Uma com uma escultura em homenagem à Eva Perón, outra exclusiva para cachorros, e mais uma que foi minha preferida: a Plaza naciones Unidas. Lá está a “Floralis Generica”, escultura em forma de flor, com cerca de 20m de altura que abre as pétalas durante o dia e vai se fechando à medida que o sol se põe. É uma praça muito bonita. Dá para ver a flor de todos os pontos.

Era meio de tarde. Ela tava bem aberta ainda

Ainda demos um role pela Recoleta em busca de um café para lancharmos. Porém, entramos numa avenida super chique, a Alvelar, e lá não tinha café algum. Andamos, andamos, andamos e quando nos demos conta, já estávamos do outro lado da cidade. Aí entramos num taxi e paramos perto de um Havanna próximo ao hotel mesmo. Sim, o Havanna é aquele café de onde todo mundo traz alfajores. Comemos a “media luna” – nosso croissant, só que com uma pincelada de açúcar por cima – e tomamos um capuccino (de capuccino eu gosto).

Corremos de volta para o hotel para descansar, tomar banho e nos prepararmos para ir ao Señor Tango, o espetáculo da dança típica porteña que iríamos. Mas essa história vou contar no próximo post. Ela merece ser exclusiva. Hasta luego...

Um comentário:

Paula Barros disse...

Ontem li só a metade e fiquei pensando será que ele não gosta nem de capuccino. E já tenho a resposta. rsrs

Bom, muito bom fazer esse passeio acompanhando cada momento.

Adorei essa flor. E estou o aguardo do tango.

Recebi a semana passada um imã de um casal dançando tango, que uma amiga trouxe. O marido dela dessa vez foi a um clube e dançou.

abraços