quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eu e minha fé

Quem passa por aqui com certa frequência sabe que eu não sou dos mais crentes na palavra da igreja. Apesar disso, meu amigo Diego Amorim - meu exemplo de catolicismo - disse me esses dias que eu sou o maior cristão dos não cristãos. Ou algo parecido. O chope não me deixa lembrar ao certo as palavras dele (ou será que ele só disse isso por causa do chope?).

Mas tem sempre aquelas coisas que eu vejo e não consigo não achar um absurdo. Pra tu ver, domingo passado fui com Natália à missa. Era domingo de Ramos e ela fez questão de ir. Eu, como namorado atencioso e "maior cristão dos não cristãos" fui acompanhando. Aí chega lá na Homilia e o padre começa um sermão sobre umas "notícias inverídicas de quem quer acabar com a igreja católica". Sabe do que ele falava? Disso aqui. Ok, o Papa pode até não ter culpa nisso tudo. Ele nem era Papa, na posição que ele ocupava na época podia nem ter influência nisso. Mas e a igreja? Ela, como um todo, tem sim. Pelo menos na minha opinião.

E aí, hoje, vindo ao trabalho o carro da minha frente trazia um enorme adesivo no vidro traseiro: "Deus sem você é Deus. E você sem Deus, o que é?"

Prazer, Paulo Mesquita. Isso que eu sou.

4 comentários:

Diego Amorim disse...

Hahahaha. Foi mais ou menos isso que disse, sim! Existe uma certa "histeria anti-católica" quando se fala em pedofilia. Mas, ao mesmo tempo, é um dos sintomas clássicos da alienação se defender atacando o outro. É simples dizer que a Igreja está sendo perseguida para tentar justificar os casos. Pode até ser que ela esteja sendo, mas isso não a exime de reconhecer e combater o problema. Abraço.

Pat disse...

Comentava sobre o assunto ainda há pouco com uma amiga.
Respeito todas as religiões, mas missa é o culto mais simulacro e catarse do mundo. Interação e interpretação zero. Saco!
E também acho que não precisa ser religioso para ser critão não.

Diário Virtual disse...

Eu sempre digo que padre come os coroinhas, as vezes falo de brincadeira, as vezes falo no deboche, mas é que é a unica coisa que enxergo nessa vida de padre... ou eles se afogam nos coroinhas ou comem alguma beata que nem aquele padre paraguaio (é isso?) e se enchem de filhos... ahhhh quanta hipocrisia.

estou de volta, firme e forte, caçando borboletas, hauhuhuh!

acho que no proximo feriado, Brasilia é meu destino, ver minha amiga que está morando aí!

bjos

Morillo Carvalho disse...

Paulinho, então, fi. Por 4 anos da minha vida, fui católico fervoroso, carismático, daqueles que pregavam em encontros de jovens, tinha banda e tudo.

Eu ainda me considero católico, não que seja "não praticante", mas na categoria "vagabundo" mesmo. E um dos motivos da minha vagabundagem religiosa está nesses pontos chave que a Igreja não consegue resolver - pedofilia e aquele caso da excomunhão da menina de Pernambuco. É cruel, às vezes dá vergonha de dizer que faço parte disso...

Cada dia mais, minha relação com a igreja se torna espiritual: me identifico com a crença, mas a instituição está me enojando.

É isso.