Hoje passou a seguinte reportagem no Jornal Hoje: Férias escolares podem deixar adolescentes entediados
A reportagem foi feita com jovens aqui de Brasília e me fez pensar em como eu me comportava quando estava nessa idade. E olha, não me lembro de ficar entediado como disseram os meninos aí na reportagem. Na minha época a gente descia e fazia de tudo. Eu joguei muito futebol, bete e queimada, fiz trilha em parque, bati bafo, fiz fogueira e churrasco no mato, soltei pipa, paquerei as gatinhas da quadra, taquei ovo podre em ônibus, entre outras muitas coisas.
E aí eu me pergunto: essa molecada aí tá entediada por quê? Porque ficam em casa só de olho nos games, orkuts, facebooks e twitters. Porque seu modo de encontro é basicamente virtual. Porque para saber se o colega está em casa é mais fácil vê-lo online no MSN do que descer e ir assobiar em sua janela (que era o que fazíamos). Assim, trancado em casa, limitado ao que o computador e a tecnologia podem nos oferecer eu também morreria de tédio.
E qual a solução? Na matéria, a repórter vai procurar explicação até na ciência neurológica que dia que a molecada nessa idade tem mesmo maior tendência para o tédio. Pra mim a solução é só uma: rua! Bota essa meninada para interagir debaixo dos blocos, nas quadras de esporte (que, pelo menos no Plano Piloto, existem aos montes), nos parques, nos shoppings. Interação! Saiam às ruas e procurem o que fazer. Não falta programa por aí.
Do jeito que está hoje o texto do Paulo Rebêlo faz todo sentido para mim. São essas crianças aí da reportagem que ele não vê por aqui. Mas, afirmo por experiência própria, um dia elas existiram. Aliás, eu ainda existo! Eu contino o mesmo. Pena qua criançada mudou...
No Dia do Sushi, harmonize com espumante
Há um ano