As opções que tínhamos, sejamos sinceros, eram escassas, de pouca ou nenhuma experiência e muita, muita mesmo, desconfiança. Alianças esdrúxulas, parcerias escusas, candidatos fantoches. O que poderíamos fazer naquela situação?
Confesso eu, e aqui é meu mea culpa, que a única hipótese que me veio à cabeça foi o voto no “menos pior”. E assim votei no primeiro turno. No segundo, dois candidatos (e aliados) que não contavam com minha simpatia. E faz o quê, te pergunto? Não vota? Anula? Branqueia? Eram opções, mas confesso que amarelei.
Com medo do mal maior, fui na opção do mal menor, que se tornou vencedor e hoje é grande mal. Não que eu ache que a outra opção seria boa, faria algo diferente. Não mesmo. Até penso que meu voto em segundo turno foi na base do “tudo, menos isso”. Mas olha, que “tudo” medonho.
Até a velha ladainha do “rouba, mas faz” vem se avizinhado na minha cabeça ao lembrar dos antigos governantes desta cinquentenária cidade. Aquele sentimento de que outros poderiam estar ali, roubando, errado e se atrapalhando, ou qualquer outro tipo de acusação que se faça ao atual comandante dessa Brasília, mas que me parece que ainda assim – olhem que absurdo – seria melhor.
Que tipos de truque a nossa mente nos prega, não? Espero apenas que o que se viu até agora do grande GDF seja apenas mais um deles e que daqui a pouco tudo se ajeite, tudo se normalize e que passemos a viver numa cidade mais próxima do que desejamos.
E que em 2014 os que estão aí percebam que não dão conta e abram espaço para novidades que apareçam para realmente mudar e traçar novos caminhos. Estou cansado do menos pior.
*Texto originalmente publicado na Revista MeiaUm