sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cada um no seu quadrado

Eu não entendo muito bem essas coisas de classificação. Tipo: Sidney Magal é brega. Ney Matogrosso é cult. Sandy & Jr é pop.

Semana passada assisti a uma peça muito bacana chamada Boleros. É a autobiografia do diretor, ator, professor e multiartista Hugo Rodas. Ele é uruguaio e, na peça, conta um pouco da infância e formação dele a partir dos boleros que marcaram sua vida.

O mais legal é que ele se proclama brega. Afinal, tem coisa mais brega que um bolerão daqueles bem chorados e sofridos?

Pois é, aí hoje estou indo para o trabalho e ouvindo a rádio Transamérica. De repente começa uma música do grupo mexicano Maná. Meio bolerão, uma melodia que não me era estranha. A letra, mesmo em espanhol se parecia muito com algo que eu já tinha ouvido.

A minha memória musical é muito boa e de repente me peguei cantando junto do Maná uma música em português. Fiquei pensando que música era aquela. Quem cantava e de onde tinha tirado ela da minha cabeça.

Um bolerão gravado pelos sertanejos-bregas Bruno e Marrone. Eles não tocam na Transamérica. Mas a mesma música gravada pelo cult-chicano Maná, toca. Por quê?
Realmente não entendo a classificação que as pessoas fazem sobre as coisas.

Um comentário:

Vi disse...

São os malditos rótulos! Não os suporto! Com todas as minhas forças!