Não sou crítico gastronômico, mas acho que entendo um pouco de comida. Gosto de sair para comer e posso dizer que Brasília tem ótimos restaurantes no que diz respeito à qualidade dos pratos. Porém, mais do que comida boa, gosto de bom atendimento. Pra mim, o título deste post é regra número um quando saio para comer: Não adianta prato bom com serviço ruim. E nesse quesito poucos restaurantes da cidade têm evoluído.
Hoje vivi essa (ruim) experiência. Fui almoçar com minha namorada em um restaurante bacana, lugar agradável, bonito e de bons pratos. Mas o serviço de salão... uma negação. Ao chegarmos o restaurante estava cheio e uma garçonete nos orientou a aguardar sentados. Como era a primeira vez que íamos lá, solicitamos que ela nos desse o cardápio para darmos uma olhada. Ficamos uns 10 minutos aguardando pela mesa (tempo razoável) e nada do cardápio. Até aí tudo bem. Domingão, acordamos tarde, café da manhã tardio. Ninguém estava morrendo de fome.
Fomos para a mesa e aí começou a irritação. O cardápio continuou a não chegar. Quando chegou pedimos água, que também demorou a vir e um dos copos veio sujo. A troca também foi lenta. Os garçons não ficavam por perto e chamar alguém para entender algumas coisas do cardápio também foi muito difícil.
Além do prato pedido à la carte, havia um buffet de saladas onde poderíamos nos servir à vontade. Mais problema. O buffet era improvisado e não tinha espaço para nos servirmos com um mínimo de conforto. Os talheres estavam guardados dentro de uma gaveta fechada. Quem adivinharia onde eles estavam? O sal disponível estava em um recipiente tipo aqueles de pimenta. Que você tem que rodar para cair o tempero. Mas como rodar aquilo com uma mão? Não havia espaço para apoiar o prato. Deixei pra lá e voltei para a mesa. Pedi sal ao garçom. Pedi de novo. E pedi mais uma vez, agora para um diferente. Enfim fui atendido.
Após comer a salada os pratos sujos ficaram em cima da mesa, com talheres em posição de "satisfeitos", até que os pratos novos chegaram e o garçom se deu conta de que não havia como ele colocar o novo prato em cima dos que já estavam usados. Mas é importante ressaltar que os pedidos só chegaram depois de muita espera. Quando a irritação já era grande e a vontade de comer nem era mais tanta.
Quando os pratos chegaram pudemos ver que a irritação não era só nossa. A mesa à minha esquerda revoltou-se. E com razão. Eles chegaram bem antes de nós. Fizeram os pedidos muito antes de nós e não comeram antes. Levantaram-se, indignados, e pediram a conta. Foram convencidos a ficar quando chegaram ao caixa e seus pratos estavam em direção à mesa. Comeram sem vontade. E ainda ouviram pedidos de desculpas do que entendi serem os proprietários. A mulher que me pareceu a chef e o cara que seria o gerente. Falaram da dificuldade de arrumar mão de obra qualificada, bla bla bla e no fim acho que só irritaram mais o pessoal
Na conta, mais problema. Uma das águas que pedimos não havia sido cobrada. Minha namorada queria pedir ao garçom para ele levar a conta de volta. Não deixei. Preferi ir eu mesmo ao caixa para fazer a alteração. Lá, a garçonete que havia nos atendido quando chegamos discutia em meio aos clientes com outro garçom. Algo relacionado a um pedido que um fez na mesa que o outro atendia. Pelo que entendi, tinha um prato de picanha sobrando. E a sugestão do garçom era de que a garçonete enfiasse a picanha no... bem, vocês podem imaginar onde.
E eu ali, parado em frente à mocinha do caixa. Esperando que ela tivesse a boa vontade de me cobrar por mais uma água, em vez de prestar atenção na briga e se confundir no fechamento da conta das outras mesas.
Enfim, esse foi o meu almoço de domingo. A comida estava ótima e o serviço péssimo. Sabe quando eu voltarei lá? Nunca mais.
Você voltaria?