sábado, 31 de outubro de 2009

Alguém me explica?

Por que os caras fazem uma enorme propaganda dizendo que preferem "A", mas só te dão opção do "B"?



quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DIA DO FLAMENGUISTA

Hoje é o Dia do Flamenguista. A data foi estipulada por ser o dia de São Judas Tadeu, santo das causas impossíveis e padroeiro do Flamengo.

A toda NAÇÃO RUBRO-NEGRA, meus parabéns! Por ser a mais apaixonada, a mais bonita, a mais guerreira e, sem sombra de dúvida, a maior. Duvida? Veja o vídeo abaixo:

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Musical

Gente, cheguei de viagem, mas antes de escrever sobre Buenos Aires, quero apresentar para vocês a Banda Blow, da minha querida amiga Fran e seus companheiros (Pides, o marido, incluso). Entrem aí e ouçam o som. Vale a pena!!

http://www.myspace.com/bandablow

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais férias

To tirando mais um pedacinho das minhas férias. Tiro uma semana para ir a Buenos Aires. Quando voltar, conto tudo a vocês. Até semana que vem!

Birth ou Bird?

Não é só o Diego que conta as peripécias da mãe dele no blog. Tá certo que a minha não tem tantas pérolas como a dele, mas olha só essa.

Dia desses to de bobeira em casa e minha mãe me chama pra me mostrar um site super bacana que ela conheceu. Ta ela toda me empolgada falando da página, explicando o funcionamento quando mandou essa:

Mas o que é isso aqui? Mále (male) é homem, fêmale (female) é mulher. E bírt (birth)? É passarinho??

E fui eu explicar a diferença entre bird e birth.

Concursando

Dia desses fui fazer uma prova de concurso. Não sou concurseiro e nunca tive isso como uma meta para minha vida, mas como as coisas andam difíceis resolvi me arriscar em algumas provas. Mas bem, não é sobre isso que quero falar, mas sim sobre a forma como as pessoas encaram o concurso.

Ok, são poucas vagas para milhares de pessoas. São horas e horas de estudo em cursinhos e bibliotecas. São horas de lazer perdidas entre livros. Mas neguinho podia ir fazer a prova mais relaxado, não? Todo mundo muito tenso, muito nervoso, creditando àquele momento toda esperança de vida.

Pra mim, as chances de uma pessoa assim passar são menores que as de quem vai com mais calma e tranquilidade. Acho que se você estudou tanto, por que não ter um pouco mais de confiança?

Agora, o mais engraçado são os rituais. Enquanto eu, marinheiro de primeira viagem, cheguei ao local de prova pouco tempo antes do início, com uma bic sem tampa no bolso, e uma maçã no outro, a galera "profissional" chega munida de garrafinhas d'água térmicas, várias canetas (o cara do meu lado tinha cinco pretas e duas azuis), muitas barrinhas de cereal, lápis e borracha (pra que eu não sei).

Outros não largam do livro até a equipe de sala começar a distribuir a prova. E muitos, mas muitos mesmo, rezam na hora que recebem as questões.

Eu vou tranquilo. Se der, legal. Se não der, paciência. A vida é muito mais que um emprego público.

Rio Preguiça, o final

No dia seguinte ao passeio dos Lençóis acordamos cedo para dar um rolé pelo Rio Preguiça, que se encontra com o mar um pouco mais adiante de Barreirinhas, cidade de onde partimos. O passeio é feito em umas "embarcações" tipo lancha. A que andamos, com certeza era uma de motor 1.0. Porque todas as outras eram mais rápidas.

O passeio pelo rio é bem bacana. A medida que vamos avançando pela água nosso guia ia nos falando sobre a região, vegetação, fauna e outras coisas. Cada coisa que ele dizia era precedida por um "olha só". Assim ele acabou intitulado pelo Toty como "Comandante do Olha só". Uma das primeiras coisas que ele disse foi que o rio se chama Preguiças porque a região era cheia de bichos preguiça, mas ai o homem foi chegando, tomando conta, matando os pobrezinhos e hoje eles estão praticamente em extinção.

Há trechos de água aberta, aquele bração de rio largo, e outros mais fechados, tipo igarapé. Em um dsses igarapés o comandante da embarcação nos disse: "Olha só, aqui pode ser que nós vejamos cobras, jacaré e macacos, mas nada que vá mexer com a gente." Mas nenhum ser vivo foi avistado além de nós.
Alguém vê um jacaré por aí?

Depois de uns 40 minutos de viagem fazemos a primeira parada do povoado de Vassouras. Paramos numa praia no rio que tem uma barraquinha pra tomar uma carveja, água de coco e muitas dunas. Os que se animaram a subir encontraram mais água do outro lado. Nós fomos tomados pela preguiça do rio e ficamos sentados por lá mesmo. Outra atração do local são uns macaquinhos que aparecem por lá atrás de comida. Eu não tinha nada a oferecer, então eles não chegaram muito perto.

Tá olhando o quê, Bigode? O macaco tá lá atrás, ó!

De lá seguimos mais uns minutinhos de barco até o município de Mandacaru, local em que visitamos o Farol da Preguiça. Ao "estacionar" o barco somos recepcionados por uma manada de garotos entre 5 e 10 anos. Todos querendo ser nossos guias até o farol. Segundo eles próprios, eles não estão ali para ganhar dinheiro, mas se a gente quiser contribuir com alguma coisa eles aceitam de bom coração. Apesar de engraçadinhos, eu dispensei o serviço. O Toty já era meu guia.

Andamos uns metros pelo povoado e chegamos a área de reserva da Marinha, onde fica o farol. São 135 metros de altura que subimos por umas escadas apertadinhas, daquelas que você vai subindo e rodando até chegar no ponto mais alto.

É alto pra cacete!


De acordo com o sargento que nos recepcionava lá em baixo, o farol serve de guia tanto para quem trafega pelo Rio Preguiça, quanto pelo mar. Aí você pensa: 135 metros de escada? Vale a pena! A vista lá de cima é bem bonita.

Tá vendo o Toty no reflexo do óculos? Então esquece e olha pra vista!

Ao descer do farol, nos deparamos cons uns pés de caju cheinhos. E junto a eles, já fazendo o serviço sujo de catar tudo estavam o Erick, o Lucas e a bicicleta vermelha. Eles tinham um saco cheio dos frutos e vieram nos oferecer uns. Pegamos de muito bom grado e aí o Lucas pediu pra eu tirar uma foto deles. Boa troca, não?

Erick, a bicicleta vermelha, o saco de caju e Lucas, com pose de galã

Ao voltar pra embarcação, o Bruno - um dos guias mirins da cidade - se ofereceu pra cantar a música tema de Mandacaru. A melodia é aquela famosa música de Luiz Gonzaga que diz "mandacaru quando fulôra na seca é um sinal que a chuva chega no sertão/ toda menina que enjoa da boneca é sinal de que o amor já chegou no coração..." Ele cantou e eu filmei, mas depois vi que o vídeo deu pau e não prestou. Uma pena, pois ele era uma figura.

epois de Mandacaru, paramos na praia de Caburé. O local tem pousadas, restaurantes e é onde o rio e o mar se encontram. Belo lugar. Lá alomoçamos, tiramos uma soneca na rede e depois voltamos a Barreirinhas. Ainda tínhamos que retornar a São Luis e no dia seguinte, para Brasília.

Alô São Luis, to voltando!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lencóis Maranhenses, a desconstrução

Te digo que sou um cara muito urbano. Esse negócio de mato, acampamento, barraca e qualquer outro lugar que não tenha um cheirinho de asfalto e um mínimo de estrutura não combina nada comigo. Ainda assim, me desarmo desse tipo de pensamento quando vou a um lugar como os Lençóis Maranhenses. Afinal, a beleza da natureza é algo a se admirar. Mas eu nunca vou aprender a gostar desse tipo de lugar.

Lagoa Azul: beleza, mas 5 minutos bastam

Vou dizer a minha verdade sobre o local: um monte de areia, com umas lagoas bonitas. Dez minutos lá já me bastavam. Podia ter economizado meu tempo. É bonito? Sim, é lindo. Mas para ver e saber que é bonito, basta uns cinco segundos, certo? Ou alguém olha para a Scarlett Johansson e fica em dúvida se ela é bonita ou não e precisa de mais umas duas horas de admiração pra ter certeza?


Não. Você bate o olho e pronto, resolvido o problema. É linda! Aí, no caso dos Lençóis, mais uns minutinhos pra você entrar na água, nadar na lagoa, tirar umas fotos bacanas e pronto. Dez, quinze minutos são suficientes. Já com a Scarlett Johansson ia precisar de muitas horas para me divertir...


Nessa lagoa eu nadava por horas e horas

Pois bem, digo isso porque quem nunca foi lá e só vê as belas imagens que a novela da globo mostra não sabe o trabalho que dá pra chegar no esquema. Primeiro, saímos de São Luís para Barreirinhas, cerca de 280 Km de distância da Capital. A pequenina cidade é a "sede" dos Lençóis. De lá é que saem os carros que nos levam até a beleza natural maranhense.


O trajeto até as dunas é dureza. São 12 Km na caçamba de uma Toyota 4x4 balançando mais que boneco de posto em ventania. O caminho é todo pela areia, com trechos meio pantanosos e outros totalmente secos. Tem um ponto em que o guia vira para a galera e diz: "Se alguém quiser comprar água ou comida, é agora. Daqui pra frente não tem mais nada". E é a partir daí que começa o balancê. Some a isso o almoço ingerido poucas horas antes e imagine o resultado.


Depois dos 12km de balanço na caçamba chegamos na beirada dos 17 mil Km² de dunas. É a extensão aproximada dos Lençóis. Areia pra burro, né não? Subimos o primeiro morro e já damos de cara com a primeira lagoa. Com calor e enjoado você já se imagina nadando naquela água. Nesse momento, você chega a acreditar que tudo aquilo valeu a pena. Aí o João, nosso guia de 16 anos, diz: "Não vamos entrar aqui não. Vamos andar mais. Ali na frente tem a Lagoa Azul, a maior e mais bonita das lagoas dos lençóis". E seu ânimo afunda, como seu pé na areia quente.


A caminhada nem é tão longa (ou eu é que já estava me preparando para o pior) e você já se depara com a famosa Lagoa Azul. Tchibum na água! Água boa, temperatura agradável, você se refresca, fica encantado com a transparência da água, tenta pegar os peixinhos/girinos que vem beliscar suas pernas e... e aí? "Se quiser ir ver outras lagoas, a mais próxima está a uns 30 minutos de caminhada daqui", diz João. Trinta minutos de caminhada pela areia fofa e quente? Não, obrigado. Ficamos aqui.


Aí é a hora em que você tenta bater fotos e percebe que sua máquina está sem bateria. Ótimo, né? Bate as fotos que consegue, bebe uma água (que você comprou, lá no último ponto, geladinha e agora está morna) e bate um papo com o João.

Pra quem conseguiu bater só 10 fotos, essa está de bom tamanho, né?



Perguntei quanto ele ganhava com o trabalho. São R$ 20 para ele e R$ 30 para o motorista por cada viagem. A média é de 5 viagens por semana. "Quem ganha dinheiro mesmo é o dono da empresa", disse João. Pura verdade, visto que eu paguei R$ 40 pelo passeio e tive a companhia de mais 6 pessoas no mesmo carro. Ou seja, 6x40 = 240. 20 pro João, 30 pro motora e 190 pro dono. Belo negócio.


Perguntei sobre a formação das lagoas. Disse ele que é tudo água da chuva que se acumula. E por que umas secam e outras não? Ele não soube dizer. E se é água da chuva, como tem peixe ali? Chove peixe também? Aí ele contou que tem um pássaro que voa muito pela região. É o tal do Martin Pescador. Diz a lenda que o Martin pescador enfia o bico na água (do mar) para pescar o peixão, e acaba trazendo os peixinhos junto. Depois, quando pára para (reforma ortográfica inútil) beber água os peixinhos saem do bico e ficam na lagoa.


Eu ainda tive outros questionamentos, mas achei melhor deixar pra lá. Quer exemplos? Como o peixe sobrevive na boca do pássaro? O Martin pescou o peixe no mar (água salgada) e agora ele tá na água doce. Normal sobreviver? Darwin explica? Além disso, eu não vi um pássarinho sequer durante o tempo que passei lá.


Pois bem, o tempo passa, o sol começa a ameaçar ir embora e a galera resolve sentar no alto da duna para apreciar o momento. Enfim, uma coisa legal! Mas aí vem a nuvem má e tampa todo o céu, nada de pôr do sol. De volta para a Toyota. De volta para os 12 Km de sacolejo. E já que foi Deus quem criou tudo aquilo, que ele nos proteja na volta porque acho que o peixe do almoço ainda está por aqui, que nem o da lagoa fica no Martin Pescador.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

RAPOSA


De São Luis, fui com Rafael e Tia Lili fazer um passeio de barco no município da Raposa. Ninguém soube me dizer por que do nome da cidade, mas dizem que "velhas raposas" já rondaram por lá, if you know what I mean.

O município, que na verdade é praticamente uma vila de pescadores, é pequeno e vive da pesca. O movimento da cidade fica por conta da feira do peixe. Outra atividade que vem crescendo é o turismo. Empresas juntam grupos para fazer o passeio de barco pelas praias. Na verdade, barco anda por um canal, que mais parece um rio, e não em mar aberto. Seu Nascimento, nosso piloto, disse que a região só foi descoberta para o turismo há cerca de cinco anos.

A embarcação (lá ninguém chama barco, canoa, lancha... tudo é "embarcação) é simples. Daquelas que o motor faz "toc toc toc", mas boa de acomodação. Tem até colete salva vidas. Ufa!


A primeira parada é na Praia dos Sarnambis. Para quem não sabe - como eu não sabia -, sarnambi é a mesma coisa que sururu. Para quem não sabe o que é sururu, vai pesquisar no google! Mas o fato é que descemos da "embarcação" ao pisar na areia, você sente as conchinhas sob os pés. Aí, é só abaixar e catar os sarnambis.

Segundo Seu Nascimento, antigamente o povo quase não sentia a areia. Era só sarnambi. Mas veio a exploração, um monte de gente indo lá "pescar" os bichinhos e hoje o negócio já está bem mais escasso. A galera chega lá de barco, pega as conchas, já cozinha lá mesmo, leva o sarnambi embora e deixa os restos para trás.


Os restos mortais dos sarnambis


Uma coisa que chamou bastante atenção foi a força da maré. Quando descemos do barco a água estava na altura das minhas coxas. Em cerca de 20 minutos, já batia no peito. Seu Nascimento disse que, de vez em quando, um desavisado que não sabe nadar acaba morrendo.


Depois de um banho nas águas dos sarnambis, o passeio segue até a Praia de Carimã. Lá, era preciso subir uma duna, para poder chegar até o marzão, aberto e com ondas. Foi meu primeiro banho real de mar no Maranhão.










Tia Lili, como vocês podem ver na foto, não topou subir as dunas. "Isso aqui é um aperitivo dos Lençóis", falou o Rafael quando chegamos lá em cima.






Na beira da praia, Seu Nascimento me perguntou se gostaríamos de ir próximo a ilha do Sarney (lembram que falei de velhas raposas?). Me mostrou com um desenho na areia onde estávamos e onde era o local. Pelo adiantado da hora e pelo fato de eu não estar com meu kit de explosão de ilhas, preferi não perder tempo e voltar. No dia seguite íamos para Barreirinhas conhecer os Lençóis.

Nós éramos o X. A ilha do Sarney, o círculo. E eu sem nenhum traque pra estourar lá

terça-feira, 6 de outubro de 2009

São Luis, enfim

Pois bem. Depois de muita preguiça resolvi sentar aqui e terminar de relatar minha viagem à São Luis. A cidade em si não tem nada de demais. É uma cidade como outras por aí, gente de todo tipo, lugares bacanas, lugares ruins, belezas, violência, festas, etc.

Mas eu tive a sorte de ter sido muito bem assessorado e acompanhado pelo meu amigo Toty Freire e sua calorosa, receptiva e linda família. Me levaram aos melhores lugares possíveis, me deram liberdade de ir e voltar da praia a hora que quisesse, e me acolheram com toda atenção possível. Enfim, me senti em casa!

Agradecimentos à parte, vamos ao que interessa. A cidade não é muito bonita. O centro histórico está bem detonado, prédios acabados e caindo aos pedaços. Passei por lá rapidamente achando que iria voltar, não voltei e acabei não fazendo fotos. Mas acho que não perdi muita coisa.

No quesito balada a cidade não deve muito à lugar algum. No dia em que cheguei, já fui a um samba de qualidade e a um reggae. Pela diferença, é claro que o reggae me chamou muito mais atenção. Apesar do povo falar que só tinha gatinha no local, eu juro que não vi nenhuma. Mas o clima do lugar era muito bom. Beira de praia, cerveja gelada, reggae tocando e todo mundo de muito bom astral.
A praia de São Luis é esquisita. Ela não te convida a tomar banho. O mar é escuro e há uma grande faixa de areia até chegar na água. Como não me senti convidado, apenas molhei os pés. Depois fiquei sabendo que o mar é poluído. Ainda bem que nõ entrei. Além disso, peguei uma época de muito vento, o que dificultou a estadia na areia. Ainda assim, o pôr do sol vale a pena!

Enfim, São Luis é um lugar muito legal e vale a visita!