quinta-feira, 8 de outubro de 2009

RAPOSA


De São Luis, fui com Rafael e Tia Lili fazer um passeio de barco no município da Raposa. Ninguém soube me dizer por que do nome da cidade, mas dizem que "velhas raposas" já rondaram por lá, if you know what I mean.

O município, que na verdade é praticamente uma vila de pescadores, é pequeno e vive da pesca. O movimento da cidade fica por conta da feira do peixe. Outra atividade que vem crescendo é o turismo. Empresas juntam grupos para fazer o passeio de barco pelas praias. Na verdade, barco anda por um canal, que mais parece um rio, e não em mar aberto. Seu Nascimento, nosso piloto, disse que a região só foi descoberta para o turismo há cerca de cinco anos.

A embarcação (lá ninguém chama barco, canoa, lancha... tudo é "embarcação) é simples. Daquelas que o motor faz "toc toc toc", mas boa de acomodação. Tem até colete salva vidas. Ufa!


A primeira parada é na Praia dos Sarnambis. Para quem não sabe - como eu não sabia -, sarnambi é a mesma coisa que sururu. Para quem não sabe o que é sururu, vai pesquisar no google! Mas o fato é que descemos da "embarcação" ao pisar na areia, você sente as conchinhas sob os pés. Aí, é só abaixar e catar os sarnambis.

Segundo Seu Nascimento, antigamente o povo quase não sentia a areia. Era só sarnambi. Mas veio a exploração, um monte de gente indo lá "pescar" os bichinhos e hoje o negócio já está bem mais escasso. A galera chega lá de barco, pega as conchas, já cozinha lá mesmo, leva o sarnambi embora e deixa os restos para trás.


Os restos mortais dos sarnambis


Uma coisa que chamou bastante atenção foi a força da maré. Quando descemos do barco a água estava na altura das minhas coxas. Em cerca de 20 minutos, já batia no peito. Seu Nascimento disse que, de vez em quando, um desavisado que não sabe nadar acaba morrendo.


Depois de um banho nas águas dos sarnambis, o passeio segue até a Praia de Carimã. Lá, era preciso subir uma duna, para poder chegar até o marzão, aberto e com ondas. Foi meu primeiro banho real de mar no Maranhão.










Tia Lili, como vocês podem ver na foto, não topou subir as dunas. "Isso aqui é um aperitivo dos Lençóis", falou o Rafael quando chegamos lá em cima.






Na beira da praia, Seu Nascimento me perguntou se gostaríamos de ir próximo a ilha do Sarney (lembram que falei de velhas raposas?). Me mostrou com um desenho na areia onde estávamos e onde era o local. Pelo adiantado da hora e pelo fato de eu não estar com meu kit de explosão de ilhas, preferi não perder tempo e voltar. No dia seguite íamos para Barreirinhas conhecer os Lençóis.

Nós éramos o X. A ilha do Sarney, o círculo. E eu sem nenhum traque pra estourar lá

2 comentários:

TATIANA SÁ disse...

Ahh... tudo bem que a cidade não é tão ASSIM-Ó mas, existem belezas significantes no estado do Reggae.
Faz uns 2 anos que fui a São Luís e redondezas e, me apaixonei!!

Lembro-me bem da força da maré. É mesmo incrivel a rapidez como se modifica a paisagem...
Estive em algumas praias que não eram sujas, porém haviam milhares de água-vivas e me queimei legal... mas, a cervejinha na beira do mar aliviava...rs..

Comeu Arroz de Cuchá?
Beijo!

Paula Barros disse...

Jornalista viajando é outra coisa. Sabe contar tudimmmmmm.

Legal o seu relato. Bom demais.

bjs