quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Rio Preguiça, o final

No dia seguinte ao passeio dos Lençóis acordamos cedo para dar um rolé pelo Rio Preguiça, que se encontra com o mar um pouco mais adiante de Barreirinhas, cidade de onde partimos. O passeio é feito em umas "embarcações" tipo lancha. A que andamos, com certeza era uma de motor 1.0. Porque todas as outras eram mais rápidas.

O passeio pelo rio é bem bacana. A medida que vamos avançando pela água nosso guia ia nos falando sobre a região, vegetação, fauna e outras coisas. Cada coisa que ele dizia era precedida por um "olha só". Assim ele acabou intitulado pelo Toty como "Comandante do Olha só". Uma das primeiras coisas que ele disse foi que o rio se chama Preguiças porque a região era cheia de bichos preguiça, mas ai o homem foi chegando, tomando conta, matando os pobrezinhos e hoje eles estão praticamente em extinção.

Há trechos de água aberta, aquele bração de rio largo, e outros mais fechados, tipo igarapé. Em um dsses igarapés o comandante da embarcação nos disse: "Olha só, aqui pode ser que nós vejamos cobras, jacaré e macacos, mas nada que vá mexer com a gente." Mas nenhum ser vivo foi avistado além de nós.
Alguém vê um jacaré por aí?

Depois de uns 40 minutos de viagem fazemos a primeira parada do povoado de Vassouras. Paramos numa praia no rio que tem uma barraquinha pra tomar uma carveja, água de coco e muitas dunas. Os que se animaram a subir encontraram mais água do outro lado. Nós fomos tomados pela preguiça do rio e ficamos sentados por lá mesmo. Outra atração do local são uns macaquinhos que aparecem por lá atrás de comida. Eu não tinha nada a oferecer, então eles não chegaram muito perto.

Tá olhando o quê, Bigode? O macaco tá lá atrás, ó!

De lá seguimos mais uns minutinhos de barco até o município de Mandacaru, local em que visitamos o Farol da Preguiça. Ao "estacionar" o barco somos recepcionados por uma manada de garotos entre 5 e 10 anos. Todos querendo ser nossos guias até o farol. Segundo eles próprios, eles não estão ali para ganhar dinheiro, mas se a gente quiser contribuir com alguma coisa eles aceitam de bom coração. Apesar de engraçadinhos, eu dispensei o serviço. O Toty já era meu guia.

Andamos uns metros pelo povoado e chegamos a área de reserva da Marinha, onde fica o farol. São 135 metros de altura que subimos por umas escadas apertadinhas, daquelas que você vai subindo e rodando até chegar no ponto mais alto.

É alto pra cacete!


De acordo com o sargento que nos recepcionava lá em baixo, o farol serve de guia tanto para quem trafega pelo Rio Preguiça, quanto pelo mar. Aí você pensa: 135 metros de escada? Vale a pena! A vista lá de cima é bem bonita.

Tá vendo o Toty no reflexo do óculos? Então esquece e olha pra vista!

Ao descer do farol, nos deparamos cons uns pés de caju cheinhos. E junto a eles, já fazendo o serviço sujo de catar tudo estavam o Erick, o Lucas e a bicicleta vermelha. Eles tinham um saco cheio dos frutos e vieram nos oferecer uns. Pegamos de muito bom grado e aí o Lucas pediu pra eu tirar uma foto deles. Boa troca, não?

Erick, a bicicleta vermelha, o saco de caju e Lucas, com pose de galã

Ao voltar pra embarcação, o Bruno - um dos guias mirins da cidade - se ofereceu pra cantar a música tema de Mandacaru. A melodia é aquela famosa música de Luiz Gonzaga que diz "mandacaru quando fulôra na seca é um sinal que a chuva chega no sertão/ toda menina que enjoa da boneca é sinal de que o amor já chegou no coração..." Ele cantou e eu filmei, mas depois vi que o vídeo deu pau e não prestou. Uma pena, pois ele era uma figura.

epois de Mandacaru, paramos na praia de Caburé. O local tem pousadas, restaurantes e é onde o rio e o mar se encontram. Belo lugar. Lá alomoçamos, tiramos uma soneca na rede e depois voltamos a Barreirinhas. Ainda tínhamos que retornar a São Luis e no dia seguinte, para Brasília.

Alô São Luis, to voltando!

2 comentários:

TATIANA SÁ disse...

Ai que inveja Paulo! rsrsrs
Muito legal o relato!

Bjo

Morillo Carvalho disse...

Eu tive preguiça de ir ao Preguiça, ano passado. Não mais terei.
Muito legal sua viagem, bicho!

Abraço!