sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Dando voz
No período pré-eleitoral que vivemos, acho importantíssimo prestarmos atenção às palavras do Enrique. Fiquem à vontade:
Votar é pra valer
Enrique Matute - Jornalista, Pós-Graduado em Administração Pública
Caros amigos,
Falta pouco para que possamos dar um novo rumo ao país. Temos em nossas mãos o poder, e agora o tempo e o espaço, para que, mais uma vez, possamos decidir o que será de nossas vidas nos próximos quatros anos vindouros. “Votar deve ser um ato de consciência e de cidadania”, diz o jargão! Escolher alguém para que nos represente não deveria estar estritamente ligado aos interesses pessoais, nem do postulante ao cargo e nem do nosso. O político, por seu lado, deve entender que o voto faz parte da soberania de uma sociedade e não de um cargo ao qual ele passa a ser proprietário, como se fosse sua empresa ou seu emprego. A responsabilidade do cargo é muito maior e muitos não sabem, ou preferem não saber ou, até mesmo, não querem saber. Por outro lado, não devemos ter em mente o egocentrismo de pensar que fulano é bom porque prometeu aumentos ou que sicrano vai baixar os impostos. O que importa é o que seria necessário fazer, hoje, para sanar problemas antigos que nos atinge como um todo, como uma sociedade unida e consciente.
Lembremo-nos de que os “santinhos” não demonstram que os postulantes sejam sacros e sinceros. Sorrisos e caras bonitas sem imperfeições humanas (milagres do photoshop) não irão nos proteger da falta de segurança e nem nos assistir de forma digna se por alguma fatalidade precisarmos de um hospital público, ou ainda, colocar em xeque-mate a educação de nossos filhos e netos, por consequência, poderemos ver, mais uma vez, a triste realidade de um rico país se dissolver pelo egoísmo, vaidade e ganância mercantilista dos que conseguem chegar ao poder enganando mentes influenciáveis.
Sou da filosofia de que um cidadão deveria estar dotado de requisitos mínimos para se tornar digno de concorrer a um cargo político. Não acho justo que aquele que deseja ingressar na vida pública consiga somente pelo seu “carisma” ou “promessa”, tornar-se deputado, senador, governador, prefeito, vereador, presidente. Defendo a tese de que, assim como para ser servidor é requisito mínimo um grande esforço de estudos para ter ao menos noções básicas sobre Direito Constitucional, Direito Administrativo, Código de Conduta Ética na Administração Pública; o postulante ao cargo público deveria realizar uma prova, formulada dentro dos moldes mínimos de conhecimentos da Constituição Federal, da Administração Pública e da Lei Eleitoral, para pelo menos formalizar que esse cidadão, o qual deseja nos representar, tenha a mínima noção do que é ser um servidor do povo, sem mais bla-bla-blasfêmias.
Vejo que o povo Brasileiro está cada vez mais consciente do poder que é o voto, mas também vejo que um candidato, palhaço profissional (sem desmerecer ninguém, é claro) é o único que teve a coragem de falar a verdade em todos estes anos de amadurecimento da democracia no Brasil: “Eu não sei o que vou fazer, mas ninguém que entra lá sabe...”. O pior é que essa verdade incomodou velhos caciques da política e que continuam enraizados ao poder.
Por isso, responsável e respeitosamente, convoco a todos os amigos e aos brasileiros aptos a votar, que o façam com a consciência limpa; exercer esse direito adquirido ao longo da história de lutas deste país, mas antes precisamos estudar a fundo os candidatos que vamos escolher e a veracidade das suas propostas, já que eles não precisam fazer nenhum tipo de esforço ou estudo ou até mesmo testes de conhecimentos sobre nossas leis para representar o povo, a sociedade, nossa nação. Votar não é brincadeira, é coisa séria e não devemos dar oportunidade aos aventureiros que querem somente garantir quatro (ou oito) anos de poder e de “emprego” super bem remunerado. Votar é pra valer, boa sorte Brasil!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Gramado, parte II
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Tardo (e muito), mas não falho ou Gramado, parte I
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Clipping II
Assistam!!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Martha Medeiros - Bastidores
Porque além de mim, que sou fã dela, minha irmã Priscila também foi ao evento. E se eu digo que sou fã, posso dizer que a Pri é... tem um aumentativo, muito aumentativo pra fã? Fanzassa? Fanzona? Mega fã? Super fã? Enfim, juntem todos esses e cheguem ao sentimento dela pela Martha Medeiros. Quando eu soube que ia ter esse encontro, perguntei à Pri se ela já sabia. A resposta dela foi: "Pode cair o mundo que eu estarei lá." E ela foi mesmo. Não conseguiu chegar tão cedo, mas guardei lugar na fila.
O mais bacana é que ela foi representando um grupo de umas 9 ou 10 amigas, todas ultra fãs (somem mais esse lá em cima) da escritora gaúcha. As outras gurias não conseguiram ir. Trabalho, aniversário do pai, umas moram fora... mas a Pri foi, levou flores, fez pergunta, pegou autógrafo e escreveu um bilhete de umas 15 páginas contando toda a história do grupo e o por quê delas admirarem tanto as palavras escritas pela Martha. O bilhete incluía, inclusive, um convite para que ela volte à Brasília para participar de um encontro anual que reúne todas as amigas no fim do ano.
Era visível a emoção da minha irmã e, por conhecer as outras meninas, podia imaginar a aflição de quem não estava lá. Mas acho que elas foram bem representadas. Eu, claro, embarquei na onda e também tirei foto.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Da leveza
Fui à livraria tomar café entre livros e cd's, visitei amigos, li, assisti aos jogos da copa, vi filmes, namorei, bati papo com minha mãe, dormi, fui ver a Martha Medeiros no CCBB, enfim, curti a vida.
Nessas horas é que vemos como é importante parar um pouco, né? Tem uma frase, que não sei de quem é, mas sempre leio em uma lanchonete aqui de brasília, que diz "A vida necessita de pausas". E necessita mesmo. Renovar a cabeça, arejar as idéias, rever amigos que não vê há tempos, descansar, caminhar, não fazer nada. A vida precisa disso.
Precisamos segurar a onda dessa correria coporativista de mundo moderno. Precisamos ter mais tempo para nós mesmos, para nossas próprias vidas, para os nossos familiares e amigos. Precisamso de vidas menos apegadas aos escritórios e mais afeitas às salas de estar. Precisamos de mais expressões estrangeiras como o dolce far niente e o carpe diem. E também nacionais como o aproveite a vida, como o viva cada momento, como o desfrute o que tem pela frente.
Aproveitem vocês também, ainda que seja por um curto período como o meu.
Umbilical*
*Texto também publicado no Drops Culturais
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Mais do mesmo
Mas antes, que tal vocês darem uma passadinha ali para ler outro textinho que fiz? É fácil, e não dói nada. Só clicar!
Vai lá!!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Devagar, quase parando
Mesmo assim, não me esqueço daqui e nem do Histórias de Um Momento. e acabei de postar um texto lá. É sobre faxina. Vai lá e lê? É só clicar aqui!
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Oi, tudo bem? Tudo.
Parei pra pensar nisso ontem, quando liguei para uma colega cujo avô acabara de falecer. E nosso diálogo foi exatamente esse. Todo no automático. É lógico que não estava tudo bem. Ela tinha acabado de perder o vô! Mas eu perguntei e ela respondeu que sim. Ainda bem que era uma pessoa com quem posso fazer piadas e aí, ao perguntar se tava tudo bem e ela responder que sim, pude consertar dizendo: "não, num tá nada bem, né? Que pergunta mais idiota!" E ela levou numa boa.
Mas não é impressionante como isso é automático? O que mais fazemos automaticamente?
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Olha eu aí...
domingo, 9 de maio de 2010
Ensinamentos da vovó
- Eu, na minha experiência desses tempos modernos, acho que se for pra casar tem que casar enquanto é novo.
(silêncio na sala)
- Porque aí dá tempo de casar, descasar e casar de novo...
AUAHuaHUahUHAUHAuahuHuaHAUhaUhauaHuaHuahauaH!! A risada foi geral. Veinha muderna, né?
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Mais coisas que eu ouço
Esses dias trocando figurinhas com um guri de 8 anos e outro de 10 anos, surgiu o papo de "namoradas". Aí perguntaram pro de 10 anos qual era a menina mais bonita e inteligente da sala dele. Eis a resposta:
- Bonita e inteligente? Impossível. Nunca vi uma bonita inteligente. Ou é um, ou é outro.
É mole?
PS: Eu morri de rir!
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Continuo por aí
E também tem texto novo no Histórias de um Momento. Pode clicar aqui e ler!
E comentem!!!
De volta à infância
E aí tem a abertura dos pacotinhos, a colagem das figurinhas, a troca com os colegas. Sério, tá muito divertido. Se mais alguém tiver aí, avisa que a gente troca!
terça-feira, 27 de abril de 2010
Só para registro
Vitória!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
WWW ou As cenas que presencio
Até que alguém resolveu ir ver qual era o problema. O problema era o www. Em vez de simplesmente colocar o e-mail tipo zedascouves@hotmail.com, ela colocava antes o www. Então todos os e-mails que ela enviou foram pra wwwzedascouves@hotmail.com .
Coitada, tava achando que era que nem site...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Diálogos que travo por aí
Eu: São muito bonitas as fotos, né?
Pessoa: São mesmo! Adorei!
Eu: Esse aí é o artista...
Pessoa: Laos?
Eu: É o artista...
Pessoa: Sim. O nome dele é Laos?
Eu: Não. É Caio.
Pessoa: Uai, mas tem escrito "Laos" em todas aquelas fotos ali.
Eu: Foi o lugar onde ele tirou as fotos! Essas imagens foram feitas em Laos, ignorante!
Pessoa: Nossa! Eu já ia lá cumprimentá-lo. "Parabéns Sr. Laos, lindas fotos".
Eu: olha lá as do outro lado, então. Lá ele se chama Bolívia.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Eu e minha fé
Mas tem sempre aquelas coisas que eu vejo e não consigo não achar um absurdo. Pra tu ver, domingo passado fui com Natália à missa. Era domingo de Ramos e ela fez questão de ir. Eu, como namorado atencioso e "maior cristão dos não cristãos" fui acompanhando. Aí chega lá na Homilia e o padre começa um sermão sobre umas "notícias inverídicas de quem quer acabar com a igreja católica". Sabe do que ele falava? Disso aqui. Ok, o Papa pode até não ter culpa nisso tudo. Ele nem era Papa, na posição que ele ocupava na época podia nem ter influência nisso. Mas e a igreja? Ela, como um todo, tem sim. Pelo menos na minha opinião.
E aí, hoje, vindo ao trabalho o carro da minha frente trazia um enorme adesivo no vidro traseiro: "Deus sem você é Deus. E você sem Deus, o que é?"
Prazer, Paulo Mesquita. Isso que eu sou.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Idade
Quando mais novo, lembro que saia de lá orgulhoso por conseguir todas as letrinhas. Mesmo as mais miúdas. Dessa vez, saí orgulhoso por conseguir ler até a 4ª linha. O médico diz que foi excelente, mas pô. Já fui melhor, né?
Sem falar na minha "irmãzinha" que faz 15 anos na semana que vem. To velho.
E tem mais
Depois de falar de um casal que se bastava, agora é a vez de alguém que se basta só. Ainda que seja por pouco tempo... Pode ler aqui. E comente!
Outros carnavais
Além disso, to tentando participar de uns outros projetos legais com amigos. Um deles é o Drops Culturais. Já escrevi lá sobre a Clarice Lispector e hoje contribui com mais um post. É o Follow Friday do Drops, onde a gente indica algumas coisas bacanas que gosta de acompanhar por aí. Com tempo, vou indicar muitos dos amigos blogueiros que conheci aqui, visito regularmente e também recebo muitas visitas.
Enfim, esse é só mais um daqueles posts enrolation, pra dar uma desculpa pela não atualização desse espaço. Tá atualizado!
Confiram os links e prestigiem os novos espaços!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Pra você é suficiente?
Espero seu comentário!
A Hora de Clarice
Depois da obrigação, a repulsa aos livros se dá pelos títulos. Quantos jovens de 15 anos têm a real capacidade de ler, compreender, perceber, identificar e interiorizar todas as nuances, todo o enredo, todo o pano de fundo, toda a poesia de Os Sertões? Eu mesmo, durante o colégio, sempre me interessei muito mais pelas lindinhas do 1º ano do que pela leitura de O Primo Basílio. E por fim, o total desinteresse pela leitura é ocasionado pela nota na prova: “Quê? Li aquelas 267 páginas pra tirar 4? Que inferno. Detesto ler!”
Quer continuar a ler essa história? Então é só clicar aqui!
quinta-feira, 4 de março de 2010
As bobagens da minha vida
Pessoa B: - O que é fascia?
Eu: - É o rostio!
Faz todo sentido, não? É que nem o fuio... não sabe o que é um fuio? É um buiaco na paiede, oras!
Mudanças
Mas o importante é que to tentando ser mais feliz! E quem não quer isso?
segunda-feira, 1 de março de 2010
Então...
Mas enfim, tenho várias coisas para escrever aqui e prometo que a partir de amanhã tem novidade!
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Com a ajuda de aparelhos
Confira aqui!
PS: O blog Histórias de um Momento, minha parceria com Toty Freire, vive. Mas ele só é atualizado quando temos tempo de parar e conseguir escrever uma bos história para quem lê. Portanto, para quem chegou aqui pq antes lia muita coisa lá, ficam nossas desculpas pela falta de atualização e o pedido de que não nos abandonem!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Vontade
Tem alguém ai disposto a pagar (BEM) por isso? Favor entrar em contato...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Na cozinha
Mas bem, falei do Gastronomix para (além de fazer uma propaganda do Rodrigo) dizer que vez ou outra eu também me dedico à culinária para fugir um pouco da rotina. Esse final de semana foi um exemplo disso. Me enfurnei na cozinha para preparar o almoço de domingo. Meu objetivo era preparar o prato que batizei como "Frango da Natália", homenagem à minha namorada e cobaia dos meus experimentos culinários.
Então, vamos aos ingredientes de uma porção para dois e sem muitas medidas. Tudo foi feito meio que no olho:
O FRANGO
Um peito de frango cortado em cubinhos
Tempere o frango com limão e sal. Doure cebola e alho no azeite e leve o franguinho para a frigideira.
O MOLHO
Creme de leite
Limão
Mostarda
Pimenta do Reino
Azeitona
A proporção é mais ou menos de 10 colheres de sopa de creme de leite, umas 8 de mostarda e umas 2 de limão. A pimenta do reino fica à gosto. Misture tudo em uma tigela.
A SALADA
Folhas de rúcula
Tomate cereja
Depois do frango pronto, adicione o molho à panela e faça a mistura. Sirva com arroz branco e a saladinha. Para beber, servi o espumante Rio Sol Rosé.
Então é Natal - Parte 2
Pela manhã, ficamos pela praia de Ponta Negra. Na minha humilde opinião, uma das melhores praias urbanas. Boa de banho, de estrutura e de paisagem. Visita obrigatória ao Morro do Careca. Hoje é proibido subi-lo, mas quando criança já fiz a subida algumas vezes. Esqueci de falar no post anterior, mas a minha família materna é do Rio Grande do Norte, então a cidade de Natal não era novidade pra mim. Já conhecia e adoro.
Depois do almoço fomos fazer um passeio urbano. Afinal, além de praias natal também tem boas atrações “dentro da cidade”. A nossa primeira escolha foi o Forte dos Reis Magos.
O lugar é lindo. Tem uma vista super bonita e muita história. Foi construído em 1598 e tem formato de estrela com cinco pontas. Leva esse nome por ter sido inaugurado no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Pagamos R$ 1,50 cada um para entrar. Lá dentro somos acompanhados por um guia que nos conta toda a história do local.
Uma das coisas que achei mais bacana foi a explicação sobre as formas de defesa do forte. Há uma parede lá que tem 14 metros de espessura. Ou seja, ninguém conseguia entrar por ali. Uma sala de armazenamento tem uma “janela” feita para matar. Explico: A janela é de frente para a entrada do forte. Quem entra não a vê. Quem está lá dentro vê tudo o que se passa na porta. Então, em caso de invasão é possível atirar nos invasores sem que eles saibam de onde vem os tiros.
O guia dá toda uma aula sobre a invasão e dominação holandesa no nordeste brasileiro. Vale a pena prestar atenção. Eu não levei nada para anotar e acabei por esquecer a maior parte das coisas.
Acho que ele falou algo sobre os holandeses terem cercado o forte e não fizeram nenhum ataque. Apenas esperaram que os mantimentos dos portugas acabassem e fosse necessário sair de lá. Daí deram o bote.
Os patrícios nem puderam usar seus poderosos canhões. Alguns exemplares originais ainda estão por lá. A ferrugem, infelizmente, está consumindo as peças, mas elas ainda devem durar bastante.
Mas o que mais vale no forte é a vista. De lá podemos observar o mar e o encontro deste com o rio Potengi. Sem falar no pôr do sol...
Do forte fomos dar uma volta pelo Centro de Turismo de Natal. O local era uma cadeia. Desativada, as celas deram lugar a lojas de artesanato. Todo tipo de artesanato. Há até uma galeria de arte. Também tem restaurante e nas quintas-feiras rola o Forró do Turista.
Então é Natal
Eu cheguei e fui almoçar no Tábua de Carne, uma churrascaria que também serve pratos regionais. Alta qualidade, mas nada de surpreendente.
No dia seguinte fui dar um rolé de buggy pelo litoral norte de Natal. O bugueiro nos pegou na pousada e partimos rumo ao passeio por nove praias, quatro dunas e duas lagoas. Passamos pela via costeira de Natal, Praia da Redinha e Santa Rita.
Na Redinha, paramos no Aquario de Natal, o maior do Nordeste. Uma visita bacana. Dá pra ver uns peixes legais, uns lagartos, macacos. Até pinguim tem. O destaque fica por conta do tubarão lixa, o mais dócil da espécie. Dá até pra passar a mão neles. Eu que não sou bobo, não arrisquei.
Depois disso fomos para Genipabu, a primeira praia com dunas. Chegando lá nosso buggy quebrou. Ficamos no meio da areia parados, maior soléu. O motorista ligou pra outro que chegou pra nos buscar. Trocamos de carro e partimos para as dunas! Não. Não partimos. O novo buggy também quebrou. Os dois tiveram o mesmo defeito: quebrou a planetária (caixa de marchas).
Lá vamos nós ficar mais um tempo esperando pelo terceiro buggy. E nessa hora eu já tava pensando em nem ir mais, vai que o outro quebra também? Mas tudo bem, o terceiro chegou e tava tudo funcionando numa boa.
Saímos para a subida de Genipabu, alta adrenalina. Lá também dá pra tirar umas fotos bacanas e até andar de jegue.
Eu montei na Marta e dei uma voltinha. Ela não tava muito afim de me carregar não. Diz o dono dela que é porque ela acabou de dar cria e tava trabalhando no seu período de licença maternidade. Sacanagem, né?
Por falar em montaria, lá em Genipabu também dá para dar uma voltinha em um dromedário. Achei caro e não topei, mas o visual do lugar é fantástico.
De lá, mais uma volta pelas areias e uma travessia de balsa até chegar à Lagoa de Pitangui. Linda, água boa e relaxante. Acho que relaxamos tanto quando paramos lá que até esqueci de bater fotos. Uma pena, fica para a próxima.
De Pitangui fomos à Lagoa de Jacumã, onde rola de brincar no Skibunda. Você desce a duna numa pranchinha e cai dentro d’água. É bacana para brincar, mas não tem graça de repetir. O mais bacana é o sistema que a galera criou pra você subir. É um banquinho montado num trilho. O banco é puxado por uma esteira tracionada por um motor de fusca. Lá em cima um “motorista” dirige a máquina.
Descendo no skibunda!
domingo, 24 de janeiro de 2010
João Pessoa. Pronto!
A primeira coisa a se destacar é a expressão “pronto”. Isso, lá pelo nordeste é usado como o “véi” aqui em Brasília, o “daí” no Paraná e o “bah” no Rio Grande do Sul. Basicamente uma vírgula. É normal rolar um diálogo do tipo:
Eu: Você pode me informar como chego na praia de Cabo Branco?
Nativo: Pronto. Pega aqui a beira-mar, segue reto. Sabe onde fica o Hotel Tambaú?
Eu: Sei sim.
Nativo: Pronto. Do Tambaú você vai dobrar, pegar a paralela...
Ou algo do tipo:
Eu: Esse peixe a Zé do Pipo vem com que acompanhamentos?
Garçom: Pronto. Vem com arroz e salada.
Eu: Dá pra dois?
Garçom: Pronto. Dá sim.
Eu: Então me vê um desse e uma cerveja.
Garçom: Pronto. Dois copos?
Em tudo lá eles usam o “pronto”. Chega a ser divertido algumas situações. Eu contei um garçom que falou 6 “pronto” enquanto anotava nosso pedido.
Pronto. Chega de falar disso e vamos à viagem. Nossa chegada foi um tanto conturbada. Inicialmente ficaríamos hospedados em Lucena, um município próximo à João Pessoa. Porém, quando chegamos lá não nos agradamos muito do local e acabamos indo para JP. O problema foi que nessa de chegar, conhecer, não gostar, resolver mudar e arrumar um novo lugar perdemos praticamente dois dias úteis de praia.
Problema resolvido, nos hospedamos em um flat à beira-mar na praia de Manaíra. O local não era muito movimentado, o que achei bom, mas era perto do movimento da feirinha de artesanato de Tambaú. Na real, estávamos no centro de tudo. Do nosso flat pro Hotel Tambaú (uma referência de localização na cidade) dava uns 5 minutos caminhando. Então era pertinho pra ir pras outras praias também.
Depois de reconhecer a área fomos ao nosso primeiro passeio, o pôr do sol na Praia do Jacaré, em Cabedelo, outro município colado à João Pessoa. A praia é de Rio, o Paraíba, que nasce e morre no estado, segundo o guia do passeio. “O único no Brasil a nascer e morrer no mesmo estado”, disse ele. Mas não tenho certeza disso. A área é repleta de mangues preservados e algumas ilhas.
Mas o que vale a pena mesmo é o famoso pôr do sol ao som do Bolero de Ravel, tocado pelo saxofonista Jurandir. A lenda é que uma antiga francesa que habitava a beira do rio Paraíba criou o hábito de assistir o poente diariamente ao som do bolero e tomando vinho. Quando seu marido teve de voltar para a França, ela o acompanhou e desde então o Jurandir passou a manter o ritual. Diariamente, faça chuva ou faça sol ele entra na canoa e toca o bolero pra galera.
O cara está no guiness book como a pessoa que mais tocou a melodia no mundo. Já são mais de 3000 execuções. Por que o Bolero de Ravel? Porque ele dura os mesmos 17 minutos que o sol leva para se esconder.
Fraco esse pôr do sol, né?
Quem vai até lá tem três opções para assistir ao espetáculo. A primeira é sentar-se em um dos bares que ficam na beira do rio – e aí é preciso chegar cedo para pegar um bom lugar. Os bares cobram um couvert artístico na média de R$ 5,00. A segunda – que foi minha escolha – é pagar R$ 20,00 e entrar no catamarã. No barco você dá uma volta pelo Paraíba, tem a companhia de um guia que fala sobre história, geografia, hidrografia e curiosidades do estado e da cidade e ainda fica bem do lado do Jurandir na hora da música.
Taí o Jurandir do Sax na canoa
No vídeo abaixo dá pra ver o fim do show do Jurandir. Ele estava bem ao lado do nosso barco. O vento atrapalha um pouco a captação do som, mas dá pra ter uma idéia do tanto de gente que se junta lá para assistir.
Outro passeio bacana que fizemos foi o da Areia Vermelha. São umas ilhas que se formam a uns 800 metros da praia, de acordo com a baixa da maré. Embarcamos num barco (R$ 10 por pessoa) na praia do Poço (cerca de 20 minutos de onde estávamos) e em 15 minutos chegamos às ilhas de areia avermelhada – que eu nem achei tão avermelhada assim. O bacana de lá é a estrutura que montam para atender o público. Barcos-bares ancoram perto da areia e servem todo tipo de petiscos, pratos e bebidas. Em pouco tempo a ilha fica cercada de lanchas, jets e barcos.
Aquilo ao fundo são os barcos, lanchas, jets ancorados na ilha
A água é cristalina e muito rasa. Se você der sorte consegue até ver alguns peixes. Nós fomos brindados com a visita de um cardume de bagres. Bacana de ver, mas triste de constatar que eles aparecem atrás de comida que o povo joga na água. De farofa a restos de peixe. O cardume que vi estava se entupindo de farofa de lingüiça jogada por um grupo que chegou de lancha.
Os bagres e a tia jogando a linguicinha pra eles
A cidade de João Pessoa é bem arrumada, organizada e estruturada. Tem bons hotéis, bons restaurantes e a estrutura das praias urbanas também é muito boa. Entre os restaurantes vale destacar o Mangai, já estabelecido em Brasília, mas muito mais charmoso na capital paraibana. E também o Mango Café. Pequenino, bem decorado, aconchegante e com um excelente cardápio de wraps, saladas e cafés. Comi um cheesecake de goiaba lá que era algo divino. Chega fiquei triste de ter descoberto o local só no último dia.
O restinho do chessecake de goiaba e o chocolate quente
Para mim, que fui acompanhado de namorada, sogra e cunhada ainda rolou outro passeio: feiras de artesanato. Tudo que você imaginar é vendido nessas feiras. Lembrancinhas singelas como chaveiros e ímas de geladeira, camisetas “estive em JP e lembrei de você”, bordados, cerâmicas, doces. Uma infinidade!
Enfim, João Pessoa é uma cidade que ainda fará parte dos meus roteiros. Quem conhece pode perceber que não conheci quase nada do local. Então, fica a dívida para a próxima visita.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
É possível ser feliz
A primeira alegria foi o fato da minha operadora de celular não ter sinal lá. Já deixei ele desligado e esquecido no fundo da mala. A segunda era a distância da internet. Na casa que me hospedei não havia computador. Até vi alguns em outras casas e umas duas lan house na cidade, mas para quê?
Não havia necessidade de consultar e-mails, saber das últimas das celebridades, twittar, blogar ou qualquer outra coisa desse mundo virtual que eu adoro. A única necessidade que eu tinha era dormir, acordar, comer (muito e muito bem) e beber uma cervejinha seja na cozinha de casa ou na calçada do boteco.
E nesses momentos descobrimos que sim, é possível ser feliz longe de toda essa correria, toda essa velocidade, toda essa informação, toda essa quantidade de coisas que fazemos ao mesmo tempo.
É possível ser feliz. E também é possível tomar mais uma geladinha.
PS: estou de partida para João Pessoa (PB). Volto daqui uns 10 dias. A cidade lá é grande, mas farei o possível para ser feliz longe de tudo. Quando voltar, conto tudo a vocês.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Modernidade
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Buenos Aires, enfim – Parte 6, o fim da viagem
No Malba confesso ter ficado decepcionado. O museu é enorme, mas tinham várias salas fechadas para a montagem de uma exposição do Andy Warhol, então acabamos vendo – de muito interessante – só as obras do acervo permanente. Dentre elas, quadros de Tarsila do Amaral, Frida Khalo, Fernando Botero, Diego Rivera e vários outros. Muito bacana, mas pelo que tinha ouvido sobre o Malba, esperava mais. Lá também tem um café super charmoso e uma livraria/lojinha de lembranças bem bacana. Trouxe uns bloquinhos de anotação de lá super legais. Minha irmã ficou com um deles. O mais bonito, lógico. Observação: para entrar no Malba são 10 pesos (estudantes) por pessoa.
Depois de uma tarde entre os quadros e peças do Malba, demos um passeio por um shopping próximo ao museu para passar o tempo antes de irmos ao Te Mataré Ramirez. Lá a Natália começou a manifestar uma dor de cabeça. O tempo passou, fomos para o restaurante e a dor de cabeça tornou-se enxaqueca. Sentamos à mesa do restaurante e vi que a cara dela não estava nada boa. Ela leu o cardápio e disse que ia pedira só uma água. Saquei que não dava pra ficar. Levantamos e fomos embora. No caminho ela passou super mal. Foi o pior momento da viagem.
Chegamos ao hotel, ela tomou remédio e deitou para dormir. Depois que a situação se acalmou eu desci e voltei ao Pousada de 1820, o primeiro lugar que comemos, para jantar. Agora sozinho. Comi uma carne com o Buffet de saladas, tomei um mini vinho Nieto Senetiner Malbec e ainda peguei uma marmitinha de salada para levar pra ela. Ela comeu e sentiu-se melhor. Ainda bem, pois iríamos embora no dia seguinte e não queria que ela estivesse doente para pegar vôo. Mas deu tudo certo. A enxaqueca, provavelmente, foi causada por toda a comida “diferente” que havíamos comido durante esses dias. Nada como um tomate com alface para amenizar a situação.
Nossa viagem chegou ao fim. O tempo útil do dia seguinte foi curto. Deu só para comprar uns alfajores no Havanna, uns bons vinhos e arrumar as malas. A viagem tinha sido ótima, mas a saudade de casa e, principalmente, da comidinha brasileira já estava falando mais alto.
Na chegada ao aeroporto ainda fomos brindados com uma típica manifestação sócio-cultural argentina: o Panelaço! Os funcionários do aeroporto estavam reclamando de alguma coisa que não deu para enteder.
Buenos Aires, enfim – Parte 6
Durante os dias do show do galã da Guatemala a Bombonera esteve completamente fechada. Só reabriu na segunda. E claro, lá fomos nós rumo à La Boca para conhecer o Museo de La Pasión Boquense. O museu é bem bacana. Tem muita história, títulos, troféus, elencos, camisas. Achei super legal que a única camisa de outro time em exposição é uma do Santos. Melhor, é uma do Pelé de um jogo entre Boca e Santos lá pelos anos 60.
Para quem achou que o Arjona não ia mais causar problemas, enganou-se. Como o palco ainda estava sendo desmontado e o estádio sendo limpo, não pudemos entrar nas arquibancadas. Fiquei decepcionado. Mas fica essa dívida para a próxima visita à capital portenha.
A entrada do museu. As fotos lá dentro não ficaram boas
De lá fomos almoçar em um restaurante que fomos muitíssimo bem indicados, o Casa Roca. Sem medo de errar, afirmo que foi nossa melhor refeição em terras argentinas. Mais uma vez, chegamos cedo demais. Batemos na porta do restaurante pouco depois de 12h e a garçonete nos atendeu assustada. Não esperava ninguém tão cedo. Até porque a casa é pequena e funciona muito com o sistema de reserva. A primeira pessoa depois de nós só chegou às 13h. Mas fazer o quê? Estávamos mortos de fome.
Primeira coisa a se destacar em relação ao Casa Roca é o ambiente. O restaurante fica em uma “casa” toda em estilo antigo. Na recepção os sofás, as cadeiras, as mesas, os abajures, as cortinas, os quadros e enfeites e a lareira remetem ao século XIX. Tudo muito bonito. No site deles tem toda a história do lugar. Quem tiver um espanhol melhor que o meu, leia.
O cardápio da casa é fechado por semana. O restaurante só funciona de segunda a sexta para almoço. Não tínhamos ido antes, pois ficamos tentando ir para jantar. Mas valeu a espera. Na entrada eu comi um flan de queijo gruyére com tomate e a Natália uma sopa de legumes. Os dois pratos muito gostosos.
Para o prato principal o meu pedido foi a bisteca de porco com purê de batata e chutney de uma fruta que, pelo paladar, não descobri qual era e que me esqueci do nome que a garçonete falou. Ela disse em espanhol, não reconhecemos e depois nos esquecemos.
A Natália pediu um frango ao curry com verduras “Al Wok”, que é um estilo indiano. Se o meu prato estava bom, o dela estava sensacional. Até sugeri uma troca, mas ela não topou.
Mas na sobremesa eu dei o troco. Pedi um “arrollado” de mousse de laranja com molho de damasco. Era uma massa de pão de ló recheada com a mousse. Sensacional!
A Natália pediu uma mousse de morango. Também estava excelente. Mas a minha era beeeem melhor!
Para acompanhar tudo isso, tomamos o vinho Finca La Linda Malbec 2007. Saímos satisfeitíssimos com tudo. Sabe o que mais? Tudo isso saiu por 65 pesos por pessoa, mais o vinho que custou 40 pesos. Muito barato!