segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Então é Natal - Parte 2

No dia seguinte, tentamos fazer o passeio pelo litoral sul, mas não conseguimos um buggy. Nos disseram que todo mundo queria ir pro norte, que é mais agitado. Tínhamos a opção de pagar o buggy completo (R$ 400) para irmos só nós dois, mas como o dinheiro ainda não está dando em árvore...

Pela manhã, ficamos pela praia de Ponta Negra. Na minha humilde opinião, uma das melhores praias urbanas. Boa de banho, de estrutura e de paisagem. Visita obrigatória ao Morro do Careca. Hoje é proibido subi-lo, mas quando criança já fiz a subida algumas vezes. Esqueci de falar no post anterior, mas a minha família materna é do Rio Grande do Norte, então a cidade de Natal não era novidade pra mim. Já conhecia e adoro.

No pé do Morro do Careca

Depois do almoço fomos fazer um passeio urbano. Afinal, além de praias natal também tem boas atrações “dentro da cidade”. A nossa primeira escolha foi o Forte dos Reis Magos.

O lugar é lindo. Tem uma vista super bonita e muita história. Foi construído em 1598 e tem formato de estrela com cinco pontas. Leva esse nome por ter sido inaugurado no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. Pagamos R$ 1,50 cada um para entrar. Lá dentro somos acompanhados por um guia que nos conta toda a história do local.

Uma das coisas que achei mais bacana foi a explicação sobre as formas de defesa do forte. Há uma parede lá que tem 14 metros de espessura. Ou seja, ninguém conseguia entrar por ali. Uma sala de armazenamento tem uma “janela” feita para matar. Explico: A janela é de frente para a entrada do forte. Quem entra não a vê. Quem está lá dentro vê tudo o que se passa na porta. Então, em caso de invasão é possível atirar nos invasores sem que eles saibam de onde vem os tiros.

Tá vendo a porta do forte? Pois é. Daqui o portuga podia matar um que entrasse por lá. O alvo nem via de onde veio o tiro.

O guia dá toda uma aula sobre a invasão e dominação holandesa no nordeste brasileiro. Vale a pena prestar atenção. Eu não levei nada para anotar e acabei por esquecer a maior parte das coisas.

Acho que ele falou algo sobre os holandeses terem cercado o forte e não fizeram nenhum ataque. Apenas esperaram que os mantimentos dos portugas acabassem e fosse necessário sair de lá. Daí deram o bote.

Os patrícios nem puderam usar seus poderosos canhões. Alguns exemplares originais ainda estão por lá. A ferrugem, infelizmente, está consumindo as peças, mas elas ainda devem durar bastante.


Os dois canhões, lado a lado

Outra história cômica – para não dizer trágica – é que havia no alto do forte um farol que durante a 2ª guerra mundial servia de sinalização para os aviões norte americanos que utilizaram Natal como base. Depois de alguns anos sem uso, o farol começou a dar sinais de que ia desabar. A Marinha foi lá e retirou o grande farol. Para deixar uma lembrança dos belos serviços prestados pelo farol a Marinha colocou uma medalha no forte. Uma medalha minúscula. No chão. Se o guia não mostrá-la, ninguém vê.

Tá vendo a medalinha? Foi ela quem substituiu o farol.

Mas o que mais vale no forte é a vista. De lá podemos observar o mar e o encontro deste com o rio Potengi. Sem falar no pôr do sol...

O pôr do sol nos presenteia na hora de ir embora

Do forte fomos dar uma volta pelo Centro de Turismo de Natal. O local era uma cadeia. Desativada, as celas deram lugar a lojas de artesanato. Todo tipo de artesanato. Há até uma galeria de arte. Também tem restaurante e nas quintas-feiras rola o Forró do Turista.

Na porta da "cadeia"

Falar de Natal, pra mim, chega a ser chato. Vou ficar aqui me alongando em milhares de elogios à minha “terra natal”. Então, prefiro sugerir a vocês que visitem a cidade e façam seus próprios elogios.

Um comentário:

Paula Barros disse...

Também gosto de Natal, gosto desse seu olhar nas cidades, do sentir.

Belas fotos.

bjs