Chegando lá as portas ainda não estavam abertas. Aguardamos do lado de fora e observamos o movimento de quem mais chegava. No que pude observar, só mesmo a classe A de Buenos Aires estava lá. Afinal, os ingressos não eram baratos. Eu e Natália pagamos 230,00 pesos (cerca de R$112,00) em cada entrada, em excelentes lugares. Claro que o mesmo espetáculo aqui em Brasília teria ingressos similares a preços muito maiores, mas para os argentinos seria o mesmo que nos cobrarem 230 reais em cada ingresso. E essa é uma das vantagens de ir à Argentina, cada realzinho suado que você juntou aqui vale pouco mais de 2 pesos lá.
O espetáculo foi simplesmente sensacional. Não sou um cara muito chegado a musicais, mas confesso que depois desse fiquei muito interessado em ver outros. A produção é magnífica, o cenário é milimetricamente pensado, o som é perfeito e os atores são muito bons. Tanto em voz, quanto em interpretação.
Para quem foi para a Argentina querendo se encantar pelo Tango e volta encantado por um musical totalmente estrangeiro pode ser frustrante, mas te digo que não foi. Foi excelente! Natália é fã da história. Já viu o filme umas 900 mil vezes e ficou mais encantada ainda.
Tudo acontece com muita perfeição. O candelabro começa caído na cena do leilão, volta ao lugar original e durante o desenrolar da história volta ao chão. Uma das coisas que achei mais bacanas é a cena em que o Fantasma leva Cristine para os subterrâneos do teatro em um barco. A reprodução do lago e a entrada do barco no palco são muito legais. Parece que você está realmente vendo uma canoa navegando.
A canoa do fantasma "navegando" no meio do palco
Digo, com certeza e sem desmerecer todo o resto, que esse foi o “passeio” mais legal que fizemos em Buenos Aires. Acho que me surpreendi, uma vez que não esperava muito.
Era proibido tirar fotos durante a peça, mas eu consegui “roubar” essas, por isso, não liguem para a qualidade. Se é que alguma teve qualidade até agora.
Depois do espetáculo fomos jantar no Puerto Madero. Acabamos escolhendo o restaurante Bahia Madero e não nos arrependemos. A primeira coisa bacana de lá é que eles têm um cardápio em português. “Recebemos muitos turistas brasileiros”, nos disse, em tom de explicação, o garçom que nos atendeu. Perguntei se o Bahia tinha algo a ver com a nossa Bahia e ele disse que não. Que é apenas uma coincidência, mas um dos sócios da casa é brasileiro. Então talvez não seja tão coincidência assim, né? Mas nós descartamos o cardápio em português. Queríamos forçar nosso (dela, não meu) espanhol.
Pois bem, como entrada Natália comeu um queijo grelhado com salada. Eu fui de bruschettas. Uma tradicional de tomate e outra de berinjela.
Bruschettas: tomate e berinjela
Como prato principal eu pedi uma massa. Era tipo um rondelli de presunto com molho de queijo. Natália comeu um frango com cenoura e molho de champignons, acompanhado de batata sauté. Tudo muito bom!
Para beber, tomamos o nosso primeiro e único vinho branco. Escolhemos o Estiba I Chardonnay. Excelente! E nesse dia não teve sobremesa. Estávamos muito cheios e, apesar de termos descansado antes do teatro, o sono ainda nos dominava. Principalmente depois de uma garrafa de vinho.
Voltamos para dormir. Nosso último dia útil na cidade seria agitado.
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