segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Buenos Aires, enfim – Parte 5

Plano Geral da vista do Jardim Japonês

Novo dia de passeio. Era dia de ir a Palermo. Começamos cedo visitando o Jardim Japonês. O lugar é lindo, impecável. Bonsais, pedras, pontes, lagos, carpas, monumentos, casa de chá, e até aquele gongo gigante. Tem de tudo lá! Muito bacana e vale demais a vista. Tem que pagar para entrar, mas é coisa boba. Foram 8 pesos por pessoa.
O Grande samurai!


Monumento do Samurai. Iáááá!

Do Jardim japonês fomos ao Rosedal. Dá pra ir a pé mesmo, coisa de um quarteirão de distância. E vale mais ainda a visita. E esse ainda é de graça! O Rosedal fica dentro de um parque que não descobri o nome. Mas é algo tipo o Parque da Cidade aqui em Brasília. Um parque grande, aberto pra prática desportiva. No dia em que estivemos lá era o Dia das Mães na Argentina então tinha uma série de atividades comemorativas pelo parque. Mas nosso foco era o Rosedal. Fomos direto a ele e este lugar é especial. Tudo muito bonito, bem cuidado e rosas de todos os tipos e cores que você possa imaginar.

Vista geral do Rosedal

O lugar é ótimo para sentar, ler um livro, namorar ou só observar o tempo passar mesmo. Sabe aquelas coisas de contemplação, pois é. Sente-se e contemple o lugar. Ao redor do Rosedal tem um lago onde é possível alugar um pedalinho e dar uma volta. Eu e Natália já estávamos cansados de andar, ainda iríamos andar mais e resolvemos não arriscar no pedalinho.

Outra coisa legal de lá é um banquinho com sensor de presença. Quando ele detecta alguém o sistema de som instalado no banco começa a recitar algum trecho de poemas ou contos de escritores argentinos. Achei super bacana isso. Só foi difícil entender o que estava sendo declamado, mas a idéia é dez! E as rosas. São várias! Diferentes, premiadas, coloridas e cheirosas. Sério, não dá para não se encantar com o lugar.
Sentindo o aroma das rosas! Eu to muito barrigudo nessa foto ou é impressão minha?

De lá buscamos um local para almoçar. Acabamos parando na Plaza Júlio Cortázar que é cercada por bares, restaurantes e é ponto de uma feira de artesanato/brechó. Não sei se já comentei isso, mas Buenos Aires é uma cidade tardia. Tudo lá é mais tarde. Eu e Natália saíamos cedo para andar, logo sentíamos fome mais cedo também. Ao meio-dia não tem praticamente nenhum restaurante em pleno funcionamento ainda. Este dia foi mais uma das vezes em que constatamos isso. Sentamos no melhor local que achamos aberto, um bar/restaurante chamado Bar Abierto. Comemos uma quiche de legumes de entrada – e que eu estava com tanta fome que não lembrei de tirar foto – e depois um filé mignon ao molho de vinho tinto acompanhado de batatinhas. Tudo delicioso! E Quilmes, é claro!

Filezinho ao ponto, molho saboroso e batatinha pra acompanhar!

De lá eu queria ir conhecer uma outra sorveteria de que ouvi falar bem. A Persico é a maior concorrente da Freddo. Dizem, inclusive, que foi fundada pelos primeiros donos da Freddo. De posse do endereço da sorveteria perguntei a um policial se ficava perto. O bacana me disse que sim, nós acreditamos e fomos andando. A Natália queria me matar. Andamos muito e a sorveteria não chegava nunca.

E o pior, não estávamos perdidos. A todo momento perguntávamos a outras pessoas na rua se estávamos no caminho certo e a resposta era que sim. Acho que andamos uns sete quarteirões em linha reta e depois ainda descemos uns três até acharmos a sorveteria. Durante o trajeto pensamos em pegar um táxi umas 4 vezes, mas a cada pensamento também pensávamos que já estava mais perto, que já tínhamos caminhado até ali... e assim continuamos nossa jornada. Com final feliz. Achamos a sorveteria e tomamos um delicioso sorvete. Eu comi um de chocolate meio amargo que era algo fora de série. E complementei com um de menta e pedaços de chocolate. A Natália comeu de doce de leite e frutas silvestres. Não vou dizer que valeu a caminhada, porque podíamos ter pego o taxi na Plaza Julio Cortázar e evitar a fadiga, mas o sorvete era muito bom!

Sorvete Persicco: menta com chocolate e chocolate meio amargo

De lá, taxi para o hotel. Tínhamos que descansar, pois a noite nos reservava nosso mais esperado evento: O Fantasma da Ópera!

O espetáculo também merece um post a parte. Este, ao contrário do tango, por ter sido fora de série! Então fica pro próximo capítulo... aguardem!

Um comentário:

Paula Barros disse...

Eu queria saber contar assim minhas viagens.

É bem interessante acompanhar a caminhada de vocês.

Essa caminhada para chegar ao sorvete só me lembrei da minha aventura com Larissa para chegar ao Canecão, indicação de um nariz vermelho. Além de correr com medo e tudo mais.

Muito bom!

bjs