segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Buenos Aires, enfim – Parte 4, o Tango

Pois então, o Tango Argentino. Ah, que maravilha! NOT! Eu simplesmente detestei o show de tango que fomos assistir. Natália dormiu mais de metade do show. Mas vamos aos fatos:

Fomos ao Señor Tango. Os próprios argentinos recomendam aos turistas que à primeira vez na capital porteña assistam a esse espetáculo que é classificado como mais Broadway Style. Ele é um espetáculo mais completo, não apenas o casal dançando no palco. Tem orquestra, encenação teatral, um casal de gêmeas cantoras e um cantor principal. Tudo isso deixa o espetáculo muito grande, arrastado e cansativo. E eu ainda saí de lá com a impressão de que a dança em si ocupou um espaço mínimo do show.

Primeiro de tudo, a casa Senõr Tango é distante do centro da cidade. Então você já perde um bom tempo no trajeto de ida e volta – que ficou ainda maior depois da decepção. Chegando lá há um jantar, que também foi péssimo. Carne no padrão argentino, mas que não fez nenhuma diferença, e uma batata assada como acompanhamento. A minha veio crua. O vinho servido também não era dos melhores. A sobremesa, nem me lembro do que se tratava, mas era algo entre um flan e uma gelatina de morango. Péssimo.

Aí começa o show. Um teatrinho lá pra falar da dominação e independência das terras argentinas. Uns cavalos no palco, uma coisa meio gaúcho da fronteira... Aí entra o primeiro casal para dançar. A dança é ótima, linda. A única coisa que vale a pena assistir. Aí vem as gêmeas, cantam, brincam com a platéia, mais um par de dança e eis que chega o momento de Fernando Soler, o cantor principal do show. Terror e pânico.

O cara é um mala. Passa mais de uma hora em cima do palco e canta só meia dúzia de músicas. As principais, claro: Por uma Cabeza, El dia que me quieras, Caminito. De resto ele só fala. Fala, fala, fala, fala, fala, fala, fala, fala, fala,sai para mais um par dançar, volta e fala, fala, fala, fala, fala, fala, fala. Sobre a Argentina, sobre economia, sobre futebol, sobre mulheres, sobre o Brasil e sobre nossa rivalidade. E isso é um saco. O pior, só dá pra ir embora quando acaba. Pior ainda, custa caro. Cerca de 80 dólares por pessoa.

Muita gente foi e adorou. Minha irmã foi uma das que me incentivou a ir. Eu detestei e não recomendo. Próximo capítulo!

PS: também não podia tirar foto durante o show. Até tirei umas roubadas, mas achei aquilo tudo tão chato que nem vou me dar ao trabalho de postá-las aqui.

Um comentário:

Paula Barros disse...

Ahhhhhh! Você não quer ter trabalho e eu queria ver mesmo assim.

Será que eu ia gostar? Fico me perguntando pelas bandas de cá.

Eu queria mesmo era saber dançar tango.

abraço